segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Paróquia N. Sra Apda De Alfenas - Mg Com As Servas do Altar e As Coroinhas ( Maria No Plano Da Salvação )




Que resta ao homem de todos os seus trabalhos?

Leitura do Livro do Eclesiastes 1,2; 2,21-23


2'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes,

vaidade das vaidades!
Tudo é vaidade.'
2,21Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência,
competência e sucesso,
vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro
que em nada colaborou.
Também isso é vaidade e grande desgraça.
22De fato, que resta ao homem
de todos os trabalhos e preocupações
que o desgastam debaixo do sol?
23Toda a sua vida é sofrimento,
sua ocupação, um tormento.
Nem mesmo de noite repousa o seu coração.
Também isso é vaidade.

Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 89,3-4.5-6.12-13.14.17 (R.1)

R.Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós.

3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'
4Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou. 

5Eles passam como o sono da manhã,*
6são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,*
mas à tarde é cortada e logo seca. 

12Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria!
13Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos! 

14Saciai-nos de manhã com vosso amor,*
e exultaremos de alegria todo o dia!
17Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!*
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. 


Esforçai-vos por alcançar as coisas
do alto, onde está Cristo.


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,1-5.9-11

Irmãos:
1Se ressuscitastes com Cristo,
esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus;
2aspirai às coisas celestes
e não às coisas terrestres.
3Pois vós morrestes,
e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo,
então vós aparecereis também com ele,
revestidos de glória.
5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra:
imoralidade, impureza,
paixão, maus desejos
e a cobiça, que é idolatria.
9Não mintais uns aos outros.
Já vos despojastes do homem velho
e da sua maneira de agir
10e vos revestistes do homem novo,
que se renova segundo a imagem do seu Criador,
em ordem ao conhecimento.
11Aí não se faz distinção entre grego e judeu,
circunciso e incircunciso,
inculto, selvagem, escravo e livre,
mas Cristo é tudo em todos.

Palavra do Senhor.



E para quem ficará o que tu acumulaste?'


Evangelho (Lc 12,13-21)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.




Naquele tempo:
13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre,
dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.'
14Jesus respondeu:
'Homem, quem me encarregou de julgar
ou de dividir vossos bens?'
15E disse-lhes:
'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,
a vida de um homem não consiste na abundância de bens.'
16E contou-lhes uma parábola:
'A terra de um homem rico deu uma grande colheita.
17Ele pensava consigo mesmo:
'O que vou fazer?
Não tenho onde guardar minha colheita'.
18Então resolveu: 'Já sei o que fazer!
Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo,
junto com os meus bens.
19Então poderei dizer a mim mesmo:
- Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos.
Descansa, come, bebe, aproveita!'
20Mas Deus lhe disse: 'Louco!
Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida.
E para quem ficará o que tu acumulaste?'
21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus.'

Palavra da Salvação. 


Comentário Do evangelho
Na meditação do Evangelho de hoje, não posso deixar de lembrar a memória de um grande santo que, em 2010, no Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI proclamou “Patrono de todos os sacerdotes”. Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vidado patrono o Cura D’Ars, São João Maria Vianney.

A grande vocação de todo o cristão é a santidade. É iluminar o mundo com a Verdade e o vigor do Evangelho, como fez João Batista. Com sua vida e pregação anunciava e denunciava sem “respeito humano”, sem vergonha de sua fé, assumindo todo o comprometimento que o Evangelho exige daquele que quer ser no mundo um sinal de salvação.

João batista não temia e muito menos tinha o “rabo preso” ou usava do Evangelho para seus próprios interesses, mas pregava e vivia com vigor para quem quer que seja, pois todo homem na face da Terra tem o direito de conhecer a Verdade da Salvação,mesmo que isso cause constrangimento e exponha o seu pecado.

Respeito humano: medo ou vergonha de assumir a sua posição diante dos acontecimentos, das coisas e das pessoas. Receio de viver a VERDADE por medo de suas consequências, perda da auto-imagem, gerando falta de compromisso, falsidade, incoerência e a missão. Com certeza, “o maior entre os nascidos de mulher” não viveu esta dificuldade. Por isso, pagou o preço com sua própria vida, unindo o seu sangue ao Sangue redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Conhecendo a Verdade àquele que escuta a pregação do Evangelho tem a liberdade de escolher pela luz ou pelas trevas, como fez Herodes. Tendo conhecimento de Cristo e da Salvação pela pregação do Evangelho é impossível o ser humano não tomar posição, aceitar ou rejeitar a Boa Nova e assumir as consequências de sua fé. Essa tem sido uma grande tentação neste mundo pós-moderno, onde tudo é relativo e onde a fé parece que se encontra num supermercado. Você já encontrou a Verdade da Salvação que é o Cristo e assumiu todas as consequências de sua adesão e compromisso?

Outros personagens interessantes deste Evangelho: a mãe dominadora que divide o pecado com Herodes e a filha Salomé, que se deixa manipular pela mãe porque não tem opinião própria; é uma marionete e não consegue decidir na vida suas próprias escolhas. Mãe e filha presas no emaranhado do pecado com Herodes que lhes dá tudo que lhes é conveniente.

O Evangelho pregado por João Batista: “Não te é permitido tê-la como esposa”, podia lhe trazer a libertação e a salvação. Herodes até se comove, mas preso e comprometido com o pecado e o sistema que o envolve, não consegue se desvencilhar e manda matar o profeta. O conhecimento de Cristo pela pregação nos leva à fé, a experiência – que vivida até as últimas consequências – exige de nós, cristãos, coerência de vida e santidade. Só assim poderemos ser no mundo um sinal vivo do Ressuscitado e da Salvação.

Você está disposto, como cristão e evangelizador, ir até as últimas consequências por Jesus Cristo, pela sua fé e pela salvação da humanidade?



Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria


Todas as devoções devem ter seu fim último em Jesus Cristo Nosso Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Nenhuma devoção por mais importante que seja não deve nunca ocupar o lugar desta devoção maior que é Jesus.

A devoção à Santíssima Virgem Maria tem como finalidade única, estabelecer com mais perfeição a devoção à Jesus Cristo Nosso Senhor. Cat. nº 972

É verdade que muitos intelectuais espiritualistas baseados em filosofias cristãs e não cristãs tem esvaziado o valor da devoção à Virgem Maria criando doutrinas de “caráter protestante, com o objetivo de separar Jesus de Maria e às vezes até de forma desumana.

São Luís M. Grignion de Montfort chega a dizer que é mais fácil separar a luz do sol ou o calor do fogo do que separar Jesus de Maria no que diz respeito ao plano de Deus em salvar o homem. Cat. 967 Se Maria não existisse, Jesus não existiria para nós pela fé, da mesma forma que a luz não existiria se o sol não existisse.

”Deus está mais perfeitamente presente em Maria que em todos os Anjos do Céu”. São Luís de Grignion de Montfort Já o papa Bento XVI disse certa vez “que Maria é o retrato permanente de Jesus”, os traços biológicos de Jesus têm sua origem nos traços biológicos da Maria, tanto quanto os traços espirituais e virtuosos. Por outro lado, quando Deus encontra uma alma mergulhada na devoção à Virgem Maria, mais operante e mais rápido se torna o processo de produzir Jesus nessa alma.

A indiferença à Virgem Maria gera indiferença à Jesus automaticamente. Negar Maria como parte do plano de Deus em salvar o homem, é negar Jesus e a própria salvação. Cat. nº 964 Por outro lado, quando Deus encontra uma alma mergulhada na devoção a Virgem Maria, mais operante e mais rápido se torna o processo de produzir Jesus nessa alma, Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 119 de S. Luís de Montfort pois o ventre que gerou o homem perfeito “Jesus Cristo” é o mesmo ventre que possuindo a forma na medida exata, possibilita gerar nós também para Deus, na mesma estatura do homem perfeito “Jesus Cristo”, homens novos para um mundo novo. Cat. nº 968/Lc. 2, 40-52

Na bula “Ineffabilis Deus” de Pio IX, o Papa faz uma menção justamente sobre esta saudação do anjo a Maria dizendo: “ao dar a beatíssima Virgem o anúncio da altíssima dignidade de Mãe de Deus, por ordem do próprio Deus, o Anjo Gabriel lhe chamara “cheia de graça”, que em grego se diz “Kecharitoméne”, e com esta singular e solene saudação, até então nunca ouvida, se demonstrava que a Mãe de Deus era a sede de todas as graças de Deus, era exornada de todos os carismas do Espírito Divino; antes, era um tesouro quase infinito e um abismo inexaurível dos mesmos carismas, de modo que, ela não somente nunca esteve sujeita à maldição, mas foi também, juntamente com seu Filho, participante de perpétua benção: digna de, por Isabel movida pelo Espírito de Deus, ser dita: “Bendita és entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”. Ineffabilis Deus nº 26

Deixar-se formar por Maria é antes de tudo tê-la como esta referência, modelo de bem-aventurada, alguém que acreditou e que por este motivo participa na construção do homem novo segundo Jesus Cristo.

O Papa Pio IX, para afirmar a definição do dogma da Imaculada Conceição citou este tão significativo elogio a Maria: “por se tratar da Imaculada Conceição da Virgem Maria, em tudo e por tudo Imaculada; inocente, antes espelho de inocência, santa e longíssima de toda mancha de pecado; toda pura e toda intacta, antes o exemplar da pureza e da inocência; mais bela do que a beleza, mais graciosa do que a graça, mais santa do que a santidade; a única santa, a puríssima de alma e de corpo, que ultrapassou toda integridade e toda virgindade; a única que se tornou sede de todas as graças do Espírito Santo; tão alta que, inferior só a Deus, foi superior a todos; por natureza, mais bela, mais graciosa e mais santa que os próprios Querubins e Serafins e do que todas as falanges dos Anjos; superior a todos os louvores do céu e da terra.” Ineffabilis Deus nº 32

Maria, “Porta do Céu”, rogai a Jesus para que cresça em nós cada dia mais este desejo de nos deixar formar por ti, que sejamos gerados no novo homem segundo Jesus Cristo, que essa união da minha alma com a tua graça tornem esta devoção um meio seguro de união mais profundamente entre nós e seu filho Jesus Cristo Nosso Senhor.

Marcelo Pereira


Uma Mulher revestida de sol – II Parte


Ja vimos um ponto importante da primeira parte deste tema dentro da visão do livro do Apocalipse. Hoje vamos dar continuidade a esta visão espiritual que vai colocar Maria como peça fundamental no plano de salvação do homem.

O segundo cenário do livro do Apocalipse, diz justamente sobre esta intervenção de Deus que então, envia São Miguel Arcanjo juntamente com seus anjos, para combater o Dragão. É um cenário de guerra, há uma batalha terrível no céu e o Dragão juntamente com seu exército foram vencidos por aquele anjo conhecido como “Quem como Deus”. Ap 12,7-10

O “Dragão”, a primeira serpente chamada Demônio e Satanás, aquele também conhecido como o sedutor do mundo, foi precipitado na terra juntamente com seus anjos, pois já não havia mais lugar para eles no céu. Ap 12,9/13

Então aqui, nasce o terceiro cenário desse trecho do Apocalipse. Por causa dessa batalha no céu, a terra passou a ser o campo de missão de Satanás, local onde também nós nos encontramos no momento. Uma voz de alerta surge no versículo 12 dizendo: “ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” Ap 12,12

Dá até um frio na barriga só de pensar que estamos imersos em um cenário espiritual de guerra tão terrível assim. Mas é isso mesmo, não dá para enfeitar o pavão diante deste cenário de horror. Apesar de nossa alma residir sobre a carne, matéria própria deste mundo terreno, o nosso espírito permanece em comunhão com o mundo espiritual, lugar onde Deus habita e se comunica conosco. O problema é que, é justamente nesta camada espiritual que o Demônio vive e age.

São Paulo explica direitinho isso na Epístola aos Efésios: “Não é contra o homem de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhado nos ares”. Ef 6,10-18

O nosso campo de batalha se passa pelas vias espirituais, por isso, o homem não pode viver sem religião e sem Deus, pois este tipo de inimigo só se pode ser vencido sob a dimensão espiritual onde Deus habita e age.

João Paulo II, quando ainda era Cardeal, certa vez disse: “estamos hoje frente ao maior combate espiritual que a humanidade já viu. Não acho que a comunidade católica tenha compreendido bem isso. É a luta final entre a Igreja e a anti-igreja, contra o evangelho e o anti-evangelho”. João Paulo II tinha razão, não estamos preparados para viver esta realidade de impostura religiosa. Então, não podemos ignorar essa visão espiritual em que estamos inseridos neste mundo, principalmente nos dias de hoje.

O Demônio vendo que não pode fazer nada contra a Mulher revestida de sol, irritado e com descontrolada fúria, declarou guerra contra os descendentes da mulher, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.

É isto mesmo! O fato é que sobrou para nós aqui na terra. Não fomos dispensados deste combate. Ou lutamos e vencemos ou ignoramos e morremos. Mas não há motivo para entrarmos em desespero, não! Maria está conosco, ela vai a nossa frente com seu exército em ordem de batalha. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 210 de S. Luís de Montfort.

Suas vestes indicam que ela também não esta sozinha. Sua luz já começa a brilhar. É sinal que Cristo Jesus, o nosso general, o sol da justiça está chegando para vencer conosco a última das batalhas e que vai acontecer também com a nossa participação.

O Catecismo da Igreja Católica fala de uma última batalha, e nos convida a estarmos preparados para uma guerra final, onde a “Igreja deverá passar por uma grande provação que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o ministério de iniqüidade, sob forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente aos seus problemas, a custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudomessianismo em que o homem se glorifica a si mesmo em lugar de Deus e do seu Messias que veio na carne” Cat nº 675

São Paulo também adverte os cristãos de Tessalonicenses sobre a apostasia da fé, quanto detalha os fatos que precederão a segunda vinda de Cristo. “É preciso que primeiro venha a apostasia e se revele o Homem da impiedade, o Filho da perdição, aquele que se ergue e se insurge contra tudo que se chama deus ou adora, a ponto de se assentar em pessoa no templo de Deus e proclamar-se Deus”. II Ts 2,3

Por tanto, é ilusão acharmos que nosso futuro espiritual sobre esta terra nos promete paz e sossego permanente. Ainda somos uma Igreja militante, que caminha em sentido ao paraíso celestial, mas até lá, devemos estar preparado para o último desafio da nossa fé, que é vencer o ateísmo do Anticristo.

Neste contexto, posso afirmar que a melhor maneira de estarmos preparados e de nos defendermos desta impostura religiosa, é estarmos debaixo do manto da Virgem Maria.

Nós, Católicos, fazemos parte do exército de Maria, desta geração que a proclama bem-aventurada, porque o Senhor fez por meio dela coisas grandiosas, e continua a realizar muitas outras maravilhas. Lc 1,48-49

Nenhuma outra religião pode se declarar fazer parte da geração de Maria, justamente porque a Igreja Católica é a única que a proclama “Maria bem-aventurada entre todas as mulheres”sem medo de estar ofendendo a Deus ou cometendo algum tipo de idolatria. Também, não se trata aqui uma questão de patriotismo religioso, não! É uma questão de aceitação, de identidade, de assumir Maria como mãe, mãe de Deus e mãe dos filhos de Deus.

É bom recordarmos também, que a Igreja proclamou quatro dogmas relacionada à Virgem Maria, que é um patrimônio da Doutrina da Igreja Católica Romana, sendo o primeiro dogma, proclamado no Concílio de Éfesio, em 431, como sendo Maria a “mãe de Deus”, em grego Theotokos e em latim Mater Dei. O Concílio de Éfeso proclamou que: “se alguém não confessa que o Emmanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema “(…). Segundo São Tomás de Aquino, “A Santíssima Virgem, por ser mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, derivada do bem infinito que é Deus”. Para Santo Atanásio, “é inadmissível supor que a maternidade de Maria seja um relato fictício, pois é certo que Jesus se fez, conforme atesta o Evangelho de São João”.

Nós fazemos parte desta geração que proclama Maria como bem-aventurada, a mãe de Deus, a serva do Senhor, aquela que avança como a aurora anunciado a segunda vinda do Senhor, revestida de Sol, da mesma luz que um dia brilhou em seu ventre em Belém, tendo debaixo dos seus pés em forma de lua, a “terra”, como ela mesma revelou a Santa Catarina de Labouré, na imagem de Nossa Senhora das Graças. Na cabeça ela trás uma coroa de 12 estrelas que representa toda a Igreja a partir dos 12 apóstolos. É essa mulher que qualquer demônio teme quando a encontra no campo de batalha. O seu nome faz arder na boca dos demônios. Eles se contorcem em qualquer balbuciar do nome de Maria.

São Luís Grignion de Montfor dizia que: “Deus concedeu a Maria tão grande poderes sobre os demônios, que, como muitas vezes se viram obrigados a confessar, pela boca dos possessos, infunde-lhes mais temor um só de seus suspiros por uma alma, que as orações de todos os santos; e uma só de suas ameaças, que todos os outros tormentos”. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 52 de S. Luís de Montfort.

Deus estabeleceu uma indissolúvel inimizade entre Maria e Satanás, entre os que fazem parte da geração dela e os que fazem parte do sistema deste mundo de trevas. Gn 3,14-15

Quando o Santo Padre Bento XVI, fazia sua homenagem ao Imaculado Coração de Maria, em sua oração ele relembra este trecho do livro de Gênesis fazendo a seguinte interrogação: “Eu porei inimizade entre ti e a mulher…”. Nessas misteriosas palavras do Livro do Gênesis não está, porventura, condensada a verdade dramática de toda a história do homem? 8 de Dezembro de 2000

Podemos responder que sim a esta pergunta da Igreja. Tudo converge para isso. Então, eis o motivo pelo qual Maria deve brilhar nos fins dos tempos, sua luz cega os demônios e desmascaram as suas malícias, incidias e ciladas. Ela desvendará sempre as suas tramas de serpente venenosa e desmascarará seus conselhos diabólicos.

Marcelo Pereira


Uma Mulher revestida de Sol – I Parte


Já tratamos sobre esse aspecto de Maria quando encontramos sinais de prefiguração da sua missão no que diz respeito aos fins dos tempos. Mas, o livro do Cântico dos Cânticos, nos aponta para uma Mulher que avança como aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha. Cântico dos Cânticos 6,10 Esta mulher citada pelo Cântico dos Cânticos tem os mesmos traços da mulher do Apocalipse, “uma Mulher revestida de sol”, como é intitulado no capítulo 12 de algumas traduções.

Devo esclarecer já de antemão, que Maria não é o sol que brilha como fonte principal, ela é apenas o reflexo deste sol, eu diria até que, Maria é o espelho pelo qual o sol se reflete. Jesus é o verdadeiro sol, e na medida em que este sol avança Maria também começará a brilhar. João 1,9 Daí vem o título, “uma mulher revestida de sol”, pois de fato, Maria é banhada por esta luz do sol que é Jesus ao ponto de suas vestes se tornarem reluzentes sob o efeito de uma aurora.

A aurora significa aquele intervalo entre o fim da noite e o amanhecer, onde uma leve aurora anuncia a chegada do novo dia como que saudando o imponente sol. Em uma visão mais mística sobre esse texto, podemos dizer que este sinal diz respeito aos fins dos tempos e que justifica o mesmo estar inserido justamente dentro do livro do Apocalipse, considerado o livro da revelação. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 50 de S. Luís de Montfort.

A palavra apocalipse vem do grego αποκάλυψις, que significa “revelação”. Um “apocalipse”na terminologia do judaísmo e do cristianismo é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas.

A grande revelação deste trecho do capítulo 12 do livro do Apocalipse, mostra-nos 3 cenários muito importantes para o entendimento deste sinal profético.

O primeiro cenário, João parece retratar a primeira vinda de Cristo quando narra uma mulher grávida, preste a dar a luz, angustiada por se ver em um terrível sofrimento. Isso nos arremete diretamente ao plano de Deus anunciado na profecia do profeta Isaias, em que uma virgem conceberia e daria à luz a uma criança que viria a se chamar Emanuel, que significa, “Deus Conosco” Isaias 7,14. Essa profecia se torna pública com o anuncio do anjo Gabriel narrado no primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas. “Não temas Maria, pois obtivesse graça junto à Deus. Eis que engravidarás e dará à luz um filho, e lhe darás o nome de Jesus”. Luc 1,30-31

Nesse primeiro cenário que parece acontecer num campo espiritual, Maria não se encontra sozinha, havia também um grande Dragão vermelho, cuja meta, era abortar o plano de Deus, impedindo à mulher de dar a luz.

O Dragão sabia perfeitamente de que se tratava tal plano. Ele sabia que esta criança o “Emanuel”, Isaías 7,14 viria justamente para destruir todas as obras das trevas e por tanto, o seu próprio reinado. I Jo 3,8 Assim, todo o seu poder infernal caíria por terra.

Neste momento da história, Deus intervém em favor da mulher com seu braço forte, e desta forma surpreendente, impede que o Dragão, “a antiga serpente”, abortasse o plano de Deus em salvar o mundo através de Jesus. Ap 12,1-6

O próprio Isaías narra os interesses de Satanás em combater contra a mulher. O titulo que faz referência à “queda da Babilônia” e o “fim do opressor”, mostra-nos o momento exato em que Satanás deixa de ser anjo de luz e se torna anjo das trevas. “Oh! Vieste a cair do céu Astro brilhante, Filho da Aurora! Foste precipitado por terra, tu que subjugava as nações. Tu dizias: Eu subirei aos céus, altearei o meu trono acima das estrelas de Deus, eu estarei sentado sobre a montanha da assembléia divina no extremo norte, eu subirei ao cume das nuvens, e eu serei como o Altíssimo”. Is 14,12-14

Depois da queda de Satanás, lhes foram atribuídos muitos outros títulos que diz respeito ao seu perfil decaído de transgressor. Mas antes do seu nome ser destituído na ordem dos Querubins de Deus, Satanás era reconhecido como “anjo de luz”. Esta palavra vem do Latim (lucem ferre) que quer dizer: “portador de luz”, representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a estrela D’Alva, mas também foi o nome atribuído ao anjo agora decaído, e que se tornou o anjo das trevas, como acabamos de ver no livro do profeta Isaías. Is 14,12-14

Mais adequado ainda é a denominação Lúcifer, que vem do latim, (Lux fero) que quer dizer: portador da luz; em hebraico (heilel ben-shahar) הילל בן שחר. Em grego (heosphoros) que significa “aquele que leva a luz”.

O profeta Ezequiel também atribui uma profecia ao príncipe das trevas, detalhando com mais significados as belas características de Lúcifer antes da queda. “Tu que selavas a perfeição, que estás cheio de sabedoria, perfeito em beleza, estava em Éden, no jardim de Deus, cercado de muros de pedras preciosas; sardônia, topázio e jaspe, crisólogo, berilo e ônix, lazulita, carbúnculo e esmeralda; preparado para ti no dia da tua criação. Era um querubim cintilante, o protetor que eu havia estabelecido; estava sobre a montanha de Deus, ias e vinhas no meio das brasas ardentes. Tua conduta foi perfeita desde o dia da tua criação, até que se descobriu em ti a perversidade”. Ez 28,11-15

Veja, Ezequiel traz detalhes bastante expressivos que revela o quanto Lúcifer era radiante entre os Querubins. Tem quem diga que Lúcifer era até responsável pelo Couro Celestial, organizando assim, os louvores à Deus. Era de uma beleza inigualável, “Tu te orgulhaste de tua beleza, deixaste teu esplendor corromper tua sabedoria” Ez 28, 17 Mas tudo isso se transformou em trevas a partir do momento em que o orgulho tomou conta do seu coração.

Daí entra a profecia de Ezequiel: “viste que te encheste de orgulho, quando disseste: Sou como deus, estou sentado num trono divino no coração dos mares, quando na realidade és homem e não Deus”. Ez 28,2

Esta metamorfose provocada pelo orgulho transformou o mais reluzente dos anjos do céu em um terrível e medonho Dragão. A luz de Lúcifer se apagou completamente e o fogo da justiça de Deus o devorou precipitando-o por terra. Ez 28,18

Este foi o primeiro pecado cometido no céu e na terra, na qual Lúcifer se tornou autor.

Marcelo Pereira



Maria, Rainha dos corações


A festa de hoje foi instituída por Pio XII, em 1955. Antecedida pela festa da Assunção de Nossa Senhora, celebramos aquela que é a Mãe de Jesus, Cabeça da Igreja, e nossa Mãe.

Maria recebeu permissão de Deus para cuidar do coração do homem sendo o primeiro deles, o próprio Jesus. Esta autoridade sobre Jesus homem e que se estende sobre todos nós, faz parte do plano de Deus em salvar a humanidade, portanto, uma autoridade que visa à salvação de todos os homens.

A devoção à Santíssima Virgem Maria é necessário à salvação da humanidade. É no interior do homem que o Reino de Deus é implantado e Maria tem acesso a este lugar por ser Rainha dos corações.

É corretíssimo dizer que Maria é a Rainha do céu e da terra, porque a adoção de Maria a nós, não está somente sobre nós quanto a dimensão do corpo, mas sobre tudo na dimensão da alma. O corpo pertence à terra e a alma pertence ao céu. O coração do homem é o lugar onde residem as duas realidades, “céu e terra”, “corpo e alma”. O Reino de Maria atinge estas duas dimensões, é isso que a torna Rainha dos corações.

Este tipo de linguagem é próprio dos filhos de Deus. Bem aventurados os que fazem parte desta geração de Maria, pois somente a eles são revelado os segredos de Deus. Só Maria dá aos miseráveis filhos de Adão e Eva a possibilidade de entrar no Reino de Deus, pelos méritos dela formar em nós o novo homem nos mesmos moldes que ela gerou Jesus. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 19 de S. Luís de Montfort

Se Maria é a Rainha do céu, isso significa que por ela existe um caminho que chega até lá, uma porta que se abre não para os invasores ou descrentes, mas aos eleitos, para aqueles que são frutos do teu ventre. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 164 de S. Luís de Montfor

O Salmo 86 traz como título “Cidade de Deus”. Um lugar onde as pessoas são geradas para Deus, são os eleitos que povoarão esta cidade. Este lugar é o ventre de Maria, um lugar seguro, um escudo de proteção contra o inimigo, contra os algozes. É aí que queremos ser formados, gerados, transformados em homens novos. Ficamos por muito tempo deserdados do paraíso por causa da desobediência dos nossos primeiros pais Adão e Eva, mas Deus a escolheu como Cidade Santa, para reinar no coração dos homens, a fim de que, sendo vós a Rainha do nosso coração, tenhamos Jesus como nosso único Rei, Senhor e Salvador. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 262 de S. Luís de Montfort.

Na Carta Encíclica Augustissimae Virginis Mariae, Leão XIIIafirmava; “quando, pois, se iniciou o curso dos séculos, aos progenitores do gênero humano, caídos na culpa, e aos seus descendentes, contaminados pela mesma mancha, ela foi dada como penhor da futura reconciliação e da salvação”. Papa Leão XIII – Setembro de 1897 nº 1

Maria é Rainha dos corações justamente porque ela participa do plano de salvação como modelo de nova Eva, sem mancha do pecado, reconciliando-nos assim com Cristo.

Marcelo Pereira

Bem Aventurada Maria III Parte


Estamos na última parte deste tema "Bem Aventurada Virgem Maria", onde estamos estudando os motivos pelos quais Maria é considerada Bem-aventurada.

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” Em Medjugorje, Nossa Senhora se apresenta como “Rainha da Paz”, a pacificadora, a medianeira entre os cristãos.

Ela aparece em Fátima pedindo o fim da guerra, aponta para a Rússia como uma governanta pedindo a consagração ao seu Imaculado Coração. Maria é considerada a padroeira e Rainha da Paz justamente no primeiro dia do ano, para que os homens se tornassem portadores da paz.

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” Aqui vemos Maria como inimiga de muitos na ordem da fé. Para muitas pessoas, ideologias e instituições, seu nome é ultrajado, sua imagem é denegrida, e seus valores são esvaziados perante Deus.

Desde os inícios do século, Maria foi constantemente perseguida pelos hereges de cada tempo, a ponto da Igreja ter que declarar como dogma, ou seja, uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e absolutamente segura sobre a qual não pode pairar nenhuma dúvida sobre a Virgindade de Maria, ela como Mãe de Deus, sua Imaculada conceição e sua Assunção ao céu.

No século V, quando Nestório pôs em dúvida a legitimidade do título “Mãe de Deus”. Ele de fato propenso a considerar Maria somente como Mãe do homem Jesus, afirmava que só era doutrinalmente correta a expressão “Mãe de Cristo”. Nestório estava fechado a este erro porque tinha dificuldade de admitir a unidade da pessoa de Cristo, e pela interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas, “divina e humana” de Cristo. Mas a Igreja responde a esta falsa afirmação de Nestório dizendo que: “a maternidade divina de Maria refere-se só à geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina”. O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus, “Gerado e não criado”, como diz o Credo.

No fim do século XIV, surgem novos protestos contra a imagem da Virgem Maria, e mais uma vez a sua imagem é ultrajada e perseguida pelos argumentos fundamentalistas. Surgem então, novas igrejas que estão hoje tão dissimuladas no mundo que nem dá mais para memorizar os nomes. São centenas e centenas de títulos que realmente provam que uma de suas habilidades é divergir, contestar e dividir verdades que até então, já foram declaradas imutáveis.

No Brasil temos ainda na memória aquele pastor que teve a infelicidade de chutar uma imagem de Nossa Senhora em público e que transmitiu uma reação de revolta entre os cristãos.

Nossa Senhora quando aparece em Fátima, pede aos Pastorinhos que eles ofereçam sacrifícios em ato de reparação e desagravo ao seu Imaculado Coração.

Não foi à toa que Maria revela à Santa Catarina de Labouré seu coração transpassado por uma espada e o de Jesus coroado de espinhos. Tudo isso para dizer o quanto os corações de Jesus e Maria sofrem por causa destas agressões doutrinais.

Então, por que Maria é bem-aventurada? Por que ela é bendita entre todas as mulheres? E por que ao mesmo tempo, ela é tão fortemente perseguida? Justamente porque ela acreditou em tudo aquilo que Deus sonhou, planejou e escreveu em tábuas de carne no seu coração humano.

Por isso ela é “Ave cheia de Graça”, a mais bem-aventurada entre todas as criaturas do céu e da terra, até mesmo dos anjos do céu. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 52 de S. Luís de Montfort.

O Catecismo da Igreja Católica, assim se expressa: “Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, ‘cumulada de graça’ por Deus, foi redimida desde a concepção”. É isso que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854, pelo Papa Pio IX.

Ninguém jamais viveu com tanta intensidade, com tanta qualidade a palavra de Deus quanto Maria, por isso, é saudada pelo anjo como “Ave cheia de Graça” porque Deus encontrou em Maria todos os requisitos necessários de alguém que pode gerar a palavra e transformá-la em carne, em vida eterna para nós. Santo Agostinho dizia que: “Maria é Mãe de Deus, feita pelas mãos de Deus”. S. Agost. in orat. ad heres

No final do capítulo 12, do livro do Apocalipse, João fala que o Dragão foi precipitado na terra, e agora está totalmente empenhado em fazer guerra contra o resto da descendência de Maria, aos que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo Nosso Senhor. Apocalipse 12, 17

O Reino de Deus certamente pertencerá aos que fazem parte do reino de Maria. Depois da batalha final, o seu Imaculado Coração Triunfará sobre todo o mal, sobre Satanás e todas suas insídias. Nós seremos chamados bem-aventurados porque fazemos parte dessa geração que proclama Maria bem-aventurada, aquela que viveu plenamente todas as bem-aventuranças citadas por Jesus no Sermão da Montanha. Mt 5,1-11

Que Nossa Senhora nos ensine cada vez mais o caminho das bem-aventuranças a fim de alcançar o Reino de Deus como nossa morada eterna, amém.

Marcelo Pereira


Bem-aventurada Maria – II PARTE


Na primeira parte sobre esta reflexão , vimos que as duas primeiras pessoas a chamar Maria de Bem-aventurada foi o Anjo Gabriel e isabel sua prima. Hoje vamos dar continuidade as bem aventuranças de Maria conhecendo mais três das nove bem-aventuranças.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados; Maria também teve fome e sede da palavra de Deus ao ponto de gerar dentro de si aquele que é a origem de toda a palavra, o Verbo Eterno. Ela não só gerou a palavra que viria a ser justiça sobre a terra, como também possibilitou que pudéssemos matar a nossa própria fome e sede ao comungá-lo na Eucaristia.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Maria viveu tão plenamente a Misericórdia Divina que até recebeu o titulo de Nossa Senhora das Dores, Mãe da Divina Misericórdia, a “Pietá” representada na obra de Michelangelo.

Maria foi aquela que gerou a misericórdia em todos os sentidos da palavra, e não só viveu, e experimentou como se uniu a ela.

Nas aparições de Fátima, encontramos sinais visíveis que confirma esta união do coração de Maria aos sofrimentos de Cristo. Na segunda aparição que aconteceu no dia 13 de Junho de 1917, Nossa Senhora imerge os Pastorinhos em uma atmosfera mais elevada e lhes revela a seguinte imagem;“Foi no momento que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo desta luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte desta luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”. Memória da Irmã Lúcia

Na última aparição de Outubro, em uma seqüência de aparições no mesmo dia, Nossa Senhora surge representada sobre a forma de Nossa Senhora das Dores, isso pra dizer que o seu coração de mãe esta unido ao coração de Jesus tão ultrajado pelos pecados com que Ele é ofendido.

Na medalha milagrosa revelada a Santa Catarina de Labouré, nos anos de 1830, na rua Du Bac-Paris, encontramos os mesmos traços de Maria que pede para cunhar em uma medalha igual à que lhe apresentava na aparição. Na Medalha, Nossa Senhora está sobre o globo terrestre, esmagando com os pés a cabeça de uma serpente. As mãos estendidas projetam feixes de luz, símbolo das graças que quer derramar sobre seus filhos. Em torno da Virgem há a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No verso da Medalha, está o monograma de Maria, em cima uma cruz e em baixo dois corações: o de Jesus cercado por espinhos, e o de Maria transpassado por uma espada. Em torno, uma coroa de doze estrelas. São dois corações unidos pela mesma misericórdia e pelos mesmos sofrimentos.

Na apresentação do menino Jesus no templo, Simeão profetiza um futuro cercado de muito sofrimento quando olhando para o menino Jesus e diz: “eis que este Menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a ti – olhando para Maria – uma espada há de atravessar-te a alma” Lc. 2, 34-35

Simeão, logo associa os sofrimentos de Cristo aos sofrimentos de Maria, sendo que o seu cume reflete na paixão de Cristo, quando se unirá a seu Filho no sacrifício redentor.

Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus; de todas as bem-aventuranças, a que poderíamos mais ressaltar em Maria é a pureza. A pureza é a única condição que Jesus impôs para poder ver a Deus. Maria foi pura desde a sua concepção. No livro apócrifo conhecido como Proto-Evangelho de Tiago ano 150, descreve que os pais de Maria, Joaquim e Ana, foram devidamente preparados por Deus no que diz respeito a gravidez de Maria. Assim narra Tiago; “Joaquim decidiu então jejuar no deserto por 40 dias e 40 noites, pedindo a intervenção divina. Pouco depois, um anjo apareceu a Ana e disse-lhe: Conceberás e darás à luz, e de tua prole se falará em todo o mundo”.

Ana era estéril e ambos de idade avançada, mas Deus intervindo em seu favor torna fecundo o ventre de Ana, e neste contexto, preserva todo este ambiente materno para assim gerar Maria. Alguns Padres dos inícios da Igreja como Orígenes, Clemente, Pedro de Alexandria, São Justino e São Epifânio, chegaram a citar com freqüência estes escritos de Tiago.

No Tractatus de Conceptione Canctae Mariae, Eadmer, monge beneditino († ca. 1134), refletia da seguinte forma: “Não podia (Deus) porventura conferir a um corpo humano… a possibilidade de permanecer livre de toda picada de espinhos, mesmo que houvesse sido concebido em meio aos aguilhões do pecado? É claro que podia e queria fazê-lo; se o quis, e Ele o fez”.

São Tomás de Aquino, na segunda parte do Compêndio de Teologia CTh. nº 224 escrito provavelmente no ano de 1267, ele afirma: “Como se verificou anteriormente, a Beata Virgem Maria tornou-se Mãe de Deus concebendo do Espírito Santo. Para corresponder à dignidade de um Filho tão excelso, convinha que ela também fosse purificada de modo extremo. Por isso, deve-se crer que ela foi imune de toda nódoa de pecado atual, não somente de pecado mortal, bem como de venial, graça jamais concedida a nenhum outro santo abaixo de Cristo… Ela não foi imune apenas de pecado atual, como também, por privilégio especial, foi purificada do pecado original. Convinha, contudo, ser ela concebida com pecado original, porque foi concebida de união de dois sexos”.

Santo André diz: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu.” Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad

Santo Atanásio afirmava que: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta.”Sto. Ath. Or. in pur. B.V.

Theoteknos de Livias, ainda nos anos 550 e 650 apresentava Maria como; “santa e toda bela, pura e sem mancha, e alude ao seu nascimento nestes termos: Nasce como os querubins, aquela que é dum barro puro e imaculado” Panegírico para a festa da Assunção, 5-6

A pureza de Maria foi o grande trunfo para que o plano de Deus viesse a dar certo, e a sua pureza, tornou-se mais cristalina ainda depois do nascimento de Cristo. Dionísio certa vez disse que a santidade é a mais perfeita forma de purificação. De Div. Nom., c. 12

Por onde Cristo passou, esta mesma porta foi fechada e depois selada e jamais o corpo de Maria experimentou a corrupção. Também, por isso, Maria foi assunta de corpo e alma ao céu. No ano de 431 dC durante o Concílio de Éfeso, o Papa Celestino imposto os dogmas da “Virgindade Perpétua”. O dogma da “Santidade absoluta”. O dogma de que a Virgem Maria seria cheia de graça “gratia plena” por toda a sua existência. Este dogma garante que Maria foi virgem antes durante e depois de Jesus e por toda eternidade. Cat. nº 496

São Tomas de Aquino e Santo Anselmo dizia que “foi conveniente que a Virgem resplandecesse com uma pureza tão grande, que só em Deus possa conceber-se outra maior”.

Em 1950, durante a definição do dogma da Assunção da Virgem Maria, o Papa Pio XII cita uma reflexão de São João Damasceno que diz o seguinte: “Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus” Constituição Apostólica do Papa Pio XII “Munificentissimus Deus

O Papa Alexandre VII, na Bula Sollicitudo, de 1661 falava de preservação da alma de Maria, “na sua criação e na infusão no corpo” DS, 2017

Não há vestígio de impureza em Maria, nem antes do parto, durante ou depois. Maria é toda pura e bela como diz Theoteknos de Livias.

Os Cristãos do primeiro século também expressaram essa convicção de fé mediante o termo grego“aeiparthenos” que significa sempre virgem, termo criado justamente para qualificar de modo singular a pessoa de Virgem Maria.

A Igreja defende a pureza de Maria com argumentos suficientemente convincente, a ponto de afirmar que “o Filho primogênito de Maria não só não lesou a sua integridade virginal, mas sobre tudo, consagrou” LG, 57

Marcelo Pereira


Bem-aventurada Maria – I PARTE


A primeira pessoa a chamar Maria de bem-aventurada foi Deus. Na saudação do anjo Gabriel, Maria é elevada ao nível das bem-aventuranças de Deus. “Ave, cheia de Graça, o Senhor é contigo” Luc 1,28 Ave já é uma tradução do latim. Em grego se diz “caire” que significa alegra-te, já a palavra “cheia de graça” vem da tradução de“Kecharitoméne”. Gabriel, saúda Maria, convidado-a a se alegrar em Deus por Ele ter encontrado nela espaço suficiente para ele cumular de muitas graças, sobre tudo, a graça da maternidade divina.

Mas então, o que significa tal saudação? Este foi o primeiro questionamento de Maria. Porém ela não expôs ao anjo a sua dúvida, e seu coração ficou perturbado, diz o evangelho de São Lucas, mas, apesar disso, ela não quis externar seu questionamento. Porém, em fração de segundos, Maria fez uma rápida reflexão da sua humilde e pobre vida e o que a faria merecer tamanha saudação.

Então, Gabriel percebendo que Maria ficou supostamente constrangida e perturbada diante daquela solene saudação, se põe a explicar; “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. Luc 1,30

Depois, a segunda pessoa a chamar Maria de bem-aventurada foi sua prima Isabel, “bem-aventurada és tu que creste”. Luc 1,45

É interessante que este reconhecimento de Maria como bem-aventurada acontece em ambas às saudações, a do anjo Gabriel e a de Isabel sua prima.

Então, o que venha a ser uma pessoa bem-aventurada?

Esta pergunta é respondida por Jesus no Sermão da Montanha que se encontra no Evangelho de São Mateus. E é impressionante constatar que Maria se configura perfeitamente em todas as 9 bem-aventuranças citadas por Jesus. Mateus 5, 1-12

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Maria se fez pobre e pequena de coração ao cantar o “Magnífica” expressando sua gratidão a Deus por Ele ter olhado para a pequenez de sua serva. Luc 1,48 Ela de fato era de uma família nobre, mas desde nova, foi consagrada e separada para Deus à uma cidadezinha chamada Nazaré. Maria não possuía nenhuma riqueza, nenhuma expressão de reconhecimento social ou profissional, porém, a pobreza de Maria era ainda muito mais profunda em virtudes, do que em questões materiais ou sociais. Ela era pobre de espírito, e foi exatamente isso que despertou os olhos de Deus. O Concílio Vaticano II afirma que Maria é “modelo de virtudes” e que para a Igreja, Maria já alcançou a perfeição. Lumen Gentium, 65 Somente em um coração pobre e humilde o Reino de Deus pode ser revelado. Bem-aventurada é Maria que o Pai achou digno revelar a ela o seu Reino de amor e justiça.

Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Maria chorou, porque passou pela via do sofrimento unindo-se aos sofrimentos de Cristo durante toda sua vida e em especial no caminho da via sacra. A expressão chorar aqui representa todo o tipo de sofrimento, de injustiça, de indiferença social, de exclusão e por aí vai. Nas aparições de La Salette – França, Nossa Senhora aparece a duas crianças “Melânia Calvat e Maximinio Giraud”, sentada em uma pedra com as mãos no rosto a chorar, expressando todo seu sofrimento de ver seu Filho sendo golpeado pelos sacrilégios e indiferença com que os homens tem se comportado na terra. Diversas vezes temos visto Maria na ala dos sofredores. Na hora do parto, Maria acaba tendo que dar a luz numa estrebaria por não ter um local adequado e digno. Na fuga para o deserto onde Herodes mandou matar todos os recém nascidos do sexo masculino. Aos 12 anos quando Jesus fica sumido por 3 dias. Mas, sem dúvida alguma, o memento mais doloroso da vida de Maria, foi acompanhar Jesus até a cruz. Este sofrimento lhe transpassou a alma de tal forma que Maria se tornou para a Igreja,“Mãe das Dores”.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; a mansidão é um fruto da virtude da humildade. Maria foi mansa porque também foi humilde de coração. Ela que aceitando os planos de Deus com todas suas complexidades e complicações, permitiu que Deus realizasse sua obra de salvação através dela. “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra”. Luc 1,38

São Paulo em uma de suas cartas a comunidade de Corintos, ele compõe o hino da caridade onde a mansidão é um dos elementos essenciais que caracteriza o amor. “A caridade é paciente, não se irrita, não guarda rancor. A caridade tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta” I Cor 13, 3-7

Tudo isso exprime o que vem a ser uma pessoa mansa de coração. Ser manso comporta ser caridoso, ser amoroso, ser paciente, e Maria é modelo de caridade com toda força que a palavra amor exige. Ela muito amou, e porque muito amou, ela é capaz de espalhar na terra o seu amor. Maria viveu tão plenamente o sentido da caridade, que Deus a confiou o seu maior plano de amor, que foi enviar seu único filho ao mundo para salvar a todos. Assim, Maria cumpriu todos os requisitos citados por Paulo na carta aos Corintos, “se não fosse por amor, de nada teria valido gerar Jesus para salvar o mundo”.

Para não ficar muito extenso este post, vamos para aqui, de forma que possamos refletir melhor sobre estas 3 Bem-aventurança que proponho aqui.

Peço a Maria, a graça de podermos fazer parte desta bem-aventurança como forma de nos configurar a proposta do evangelho no caminho da perfeição.

Nossa Senhora, Bem Aventurada, rogai por nós!

Marcelo Pereira

Maria DepositumDei - II Parte


No último post, vimos que Maria, tornou-se uma morada espiritual das almas espirituais. Portanto um lugar seguro onde podemos nos esconder do inimigo de nossas almas.

Dando continuidade a este tema, podemos dizer que Maria, este vaso insigne de devoção é o cofre de Deus, a fortaleza onde podemos guardar todas as nossas riquezas e miserias, sobre tudo o nosso maior tesouro que é Jesus. A meta do demônio não consiste em apenas nos destruir por destruir. Ele quer nos destruir justamente por causa de Jesus, e ele sabe que a única maneira de nos destruir seria arrancar Jesus da nossa vida. Uma vez que Jesus não faz mais parte da nossa vida, sua missão quanto a nós já esta cumprida, pois sem este tesouro que é Jesus a nossa vida perde o seu sentido e fundamento. A segunda e última morte de uma alma consiste na ausência de Deus. As trevas e o inferno é o lugar onde Deus não esta presente. Teologicamente dizendo, o inferno consiste na ausência de Deus, assim como as trevas consiste na ausência de luz.

Maria é este lugar onde as trevas e o inferno nunca poderão habitar, porque nela não houve e não haverá jamais a mancha do pecado, cujo meio, torna-se a única forma de uma alma se perder, então o único meio pelo qual estejamos seguros das ameaças do inimigo, seria no ventre de Maria, pois nela somos guardados do bote certeiro da serpente chamado Satanás.

Na verdade, Satanás e seus demônios não suportam Maria, porque a sua humildade e fidelidade a Deus o exorciza subitamente. Trevas e luz não se abraçam assim como Céu e inferno não se misturam. I João 1,5

Jamais o inimigo poderia roubar uma alma escondida no Coração de Maria, mesmo que esta alma seja pecadora, pois a ela foi confiado guardar com total segurança todo tesouro da terra que para Deus são nossas almas.

Se a Igreja é para nós o depósito da fé, Maria se torna assim o depósito das almas, nenhuma alma que nela se encontra escondida perecerá nas mãos do inimigo, porque Deus dignou-se realizar maravilhas por meio dela. Luc 1,49 Nenhum mal nos atingirá, pois debaixo do manto materno de Maria estaremos seguros e enquanto estivermos no ventre de Maria, Deus continuará realizando em nós a sua obra de reconstrução do homem novo aos moldes de Jesus.

Na segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima no dia 13 de Junho 1917, quando ela respondeu para Lúcia que ela ficaria na terra por mais tempo, para espalhar no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração, Lúcia perguntou a Maria; “fico cá sozinha? Perguntei com pena. Não filha! Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus”. Memórias da Ir. Lúcia Em Maria alcançaremos a graça da perseverança, da virtude e da fidelidade a Deus. Lúcia foi fiel a este pedido de Maria até o fim do seus 97 anos. Ela não foi poupada dos sofrimentos, das calunias e perseguições, mas também não foi desamparada. Não devemos deixar que o orgulho faça de nós cristãos presunçosos e prepotentes, a ponto de acreditarmos que não precisamos de Maria, que não precisamos da sua intervenção e de sua proteção, pois Deus quis em primeira mão confiar a Maria a redenção do homem, que por meio do seu ventre, foi possível Jesus vir ao mundo para que todos pudessem ser salvos. Feliz é o homem que em tudo confiou a Maria, suas riquezas. Sim mãe, eu quero guardar em seu coração, neste vaso espiritual todo o meu tesouro, toda minha vida, minha vocação e principalmente minha fé, lugar do meu encontro com Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso.

Sinto que estes escritos são verdadeiramente inspirados. Eles nasceram de um simples estudo da palavra no mês de Maio, dedicado a Virgem Maria, percebo a sua mão de mãe a me conduzir, a escrever em meu coração cada palavra, cada intenção, e assim transcrevê-las para que aqueles que lessem, possa se encontrar com Deus por meio de Maria. Também isso, quero guardar em vosso Imaculado Coração, pois sabendo que o inimigo te detesta, irá fazer de tudo para que esta inspiração não saia do papel. Sou todo teu ó Maria, tanto quanto tudo que aqui foi escrito. Tudo tem os seus méritos e não os meus o mãe querida, pois estou consciente da minha fragilidade e miséria e que por mim mesmo nada disso seria escrito, portanto, fazei que tudo convirja para Deus.

Quero ó querida mãe, dizer como a pequena Jacinta, que recitava quando cuidava do rebanho das ovelhas nos pedregosos pastos dos Valinhos. Uma oração que o Padre Cruz ensinou a Jacinta, e que se tornou uma pequena jaculatória pedindo o socorro e a proteção da Virgem Maria.

Oração

“Doce Coração de Maria sede a minha salvação!


Imaculado Coração de Maria converte os pecadores, livra as almas do inferno!”

Jacinta Marto


Maria, Depositum Dei – I Parte


Maria é considerada por alguns santos da Igreja o “deposito de Deus”. Depois que aí se formou o Deus menino em pessoa com todas as suas perfeições, este vaso que é Maria, tornou-se uma morada espiritual das almas espirituais. Daí o título “Maria vaso espiritual, vaso honorífico”. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 178 de S. Luís de Montfort

O coração e o ventre de Maria, torna-se um deposito seguro onde se pode guardar com segurança todos os tesouros espirituais, todas as graças e virtudes. Maria detém as chaves do celeiro divino.

No lema papal de João Paulo II, que traz como título “Totus tuus” (Todo teu Maria), ele confia a Mãe de Deus todas as suas riquezas, sua vida, seu pontificado e não apenas no campo material, mas sobre tudo sua vida espiritual com Deus.

Maria se tornou um forte seguro, uma verdadeira fortaleza dos cristãos e ao mesmo tempo, o refúgio dos pecadores. Já vimos anteriormente que somos feito de argila, vasos frágeis nas mãos de Deus. Por tanto, a mesma substância de Adão e Eva. Qualquer graça contida neste vaso que somos nós corre o grande risco de ser roubada, pois o inimigo é como um leão, que ruge dia e noite esperando o momento certo para nos atacar, matar e destruir. I Pd 5,8 Quantos amigos nossos de caminhada na Igreja, que outrora eram pregadores, intercessores, ministros de música de cura interior, homens da palavra, que tendo experimentado a graça de Deus, tendo tido experiência profundas com o Senhor, até se tronaram nossas referências em Deus, mas que hoje, se encontram em uma vida terrível de pecado, afastados da Igreja, as margens de uma perdição permanente. Isso porque, tendo se esquecido que são feitos de barro, em vasos frágeis, baixaram suas guardas e abrindo mão da contínua vigilância, se tornaram alvos fáceis do leão que não dorme, não descansa, esperando o momento oportuno para nos atacar.

Nossa segurança espiritual também tem muralhas frágeis, constantemente temos oscilado na fé, chacoalhados aos ventos das nossas emoções, sentimentos e paixões, e são nessas horas e diante do sofrimento que muitas vezes somos assaltados na confiança e jogamos por terra tudo aquilo que Deus prometeu e realizou em nós. Por mais forte que sejamos, estaremos sempre sujeitos a isso.

Mas a proposta de Deus aqui é nos conceder um lugar onde possamos depositar tudo que somos, temos e conquistamos tanto material como espiritual.

No próximo artigo vamos aprofundar um pouco mais sobre este tema, então roguemos a Maria que nos conceda a graça de estarmos debaixo da sua proteção contra todo mal e principalmente do inimigo.

Salve Maria!

Marcelo Pereira


Maria, “forma Dei”


Santo Agostinho acostumava chamar Maria de “forma Dei”, molde de Deus, lugar ou forma onde se forma deuses. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 219/220 de S. Luís de Montfort

Não se assuste com a palavra deuses, ela está em minúsculo justamente para diferenciar o lugar de Deus. Devemos recordar que somos chamados a ser santo, tal qual Deus é Santo. Lv 19,2 E esta santidade nos elevam a um estado de purificação tal, que passamos a se parecer com Ele, a sua imagem e semelhança. Gen 1,27

Nós não vamos ocupar o lugar de Deus, mesmo que nossos gestos, nossa semelhança e nossas vidas se tornem tão parecida com Ele. A nossa consagração pelo batismo tem como objetivo nos transformar em um novo Cristo no mundo de hoje a ponto de dizermos como Paulo um dia afirmou “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Gálatas 2, 20

Devemos ser homens novos, consagrados, transformados pelo Espírito Santo de Deus a estatura do Cristo, e esta missão têm seu lugar no ventre da Virgem Maria, o molde próprio para formar e moldar novos santos.

São Luís Grignion de Montfort dizia que; “aquele que é lançado no molde divino fica em breve formado e moldado em Jesus Cristo, e Cristo nele, que em pouco tempo ele se tornará deus”, pois esta alma foi lançada no mesmo molde que formou um Deus, Jesus Cristo. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 260 de S. Luís de Montfort

Então veja, uma das razões pelas quais o mundo de hoje se vê povoado por pessoas mal formadas, imaturas na fé, tendenciosas ao pecado e tão descaracterizadas da sua origem de criação, é justamente por termos nós filhos, nos distanciado do ventre da Mãe de Deus, Esposa do Espírito Santo, lugar onde somos formados com as mesmas características de Jesus.

O Catecismo da Igreja Católica diz que fomos criados imagens e semelhança de Deus, mas que com o passar do tempo fomos perdendo nossa semelhança apesar de se manter a nossa imagem segundo Deus. Cat nº 705 É uma grande verdade isso, somos imagens de Deus e isso ninguém jamais pôde ou poderá tirar de nós. Porém, no que toca nossa semelhança, nossas características segundo Deus, isso foi se despersonificando, na medida em que o pecado foi crescendo em nós. O pecado nos deforma, desqualifica nossas virtudes e obras.

São Paulo descreve perfeitamente quais são as características de Deus através do Espírito Santo e quais são as características dos pecadores, que vivem segundo a carne. Gal 5,13-25 É fácil perceber se somos de Deus ou não quando observamos quais os frutos produzimos. É pelos frutos que sabemos de qual árvore pertencemos. Mat 7,15-20

Jesus é fruto do ventre de Maria por ordem da natureza, para se ter um fruto é necessário antes se ter uma árvore que a gere. Maria é a árvore da vida, o seu fruto é Jesus, nela Deus foi gerado, formado e preparado para vencer o mundo. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 118 de S. Luís de Montfort Quem quiser ser um fruto bem formado, bem maduro na mesma estatura de Cristo, homem perfeito, deve ter e permanecer na árvore que é Maria. Ela é a maior produtora de novos cristãos, de deuses a imagem e semelhança do seu Filho Jesus, santos, tal qual Ele é. Paulo VI certa vez disse que; “se nós queremos ser cristãos devemos ser marianos”. Esse é o caminho ensinado pela Santa Igreja.

Maria é o modelo que Deus usou para formar Jesus e o continuará usando de forma especial nos dias de hoje, para gerar e formar homens novos para um mundo novo. A forma na medida exata é o ventre de Maria, e aquele que o Espírito Santo o encontrar no galho desta árvore, dentro desta forma que é o ventre de Maria, o tornará em curto tempo um fruto santo.

Maria é um lugar Santo, o Santo dos santos, em que se forma e modelam Santos. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 34 de S. Luís de Montfort

É desconhecido algum santo que tendo alcançado o altar, não tenha passado pelas mãos de Maria, ou não tenha sido formado por ela. Quem quiser ser Santo como Deus é Santo, quem quiser resgatar suas características e semelhança de Deus, poderá escolher este caminho, mais curto, mais perfeito e mais seguro que primeiro formou Jesus e que agora está disponível a nós pela ordem da graça.

Peçamos a Virgem Maria que sejamos também nós formados em seu ventre em homens novos para um mundo novo.

Marcelo Pereira

Consagrar-se a Virgem Maria


A primeira etapa para se chegar a uma consagração a Virgem Maria é passar pelo processo da devoção, cujo tema, vimos anteriormente. A devoção é o caminho do conhecimento, da intimidade e do nosso interesse pela pessoa de Maria.

Em uma linguagem mais atual, seria como que seguir a pessoa de Maria, termo muito usado hoje em dia nas redes sociais do twitter e facebook. Quando falamos que estamos seguindo uma pessoa, estamos ao mesmo tempo dizendo que estamos interessados naquilo que esta pessoa faz, fala e pensa que suas atitudes têm ressonância com aquilo que eu sou. Pelo menos este deveria ser um dos princípios básicos para se seguir alguém nestas redes sociais. Há pessoas que se importa com números e quantidades, mas saiba que quando alguém resolve te seguir, significa que esta pessoa está interessada naquilo que você pensa e é.

A devoção a Virgem Maria nos leva a este interesse do profundo conhecimento da pessoa de Maria, da sua missão, do seu perfil de mãe e por tanto, do seu papel de serva e mãe da Igreja.

Então podemos dizer que em nossa caminhada espiritual e cristã, seguimos Maria porque ela segue Jesus, e seguindo Maria, alcançaremos mais rápido ainda Jesus, pois ela o alcançou no calvário e por Ele e com Ele, transcendeu os limites desta vida terrena.

Esta é a primeira etapa para a consagração. Ser devoto, seguidor de Maria, se apaixonar por ela, por aquilo que ela é, faz e nos convida a viver. Então, o segundo passo nos levaria mais perfeitamente conscientes a consagração. Não dá para pular etapa e consagrar-se sem antes conhecê-la e amá-la. Quanto maior e mais consciente for a nossa devoção maior e mais perfeita ainda será a nossa consagração.

São Luís Grignion de Montfort afirma que “a mais perfeita devoção é aquela pela qual nos conformamos, unimos e consagramos mais perfeitamente a Jesus”. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 120 de S. Luís de Montfort Portanto, a devoção e a consagração a Virgem Maria deve unicamente nos levar a uma maior e mais perfeita consagração a Jesus.

“Maria é de todas as criaturas, a mais conforme a Jesus Cristo, a que mais conforma uma alma a nosso Senhor”. Quanto mais uma alma se consagrar a Maria, mais consagrado estará a Jesus Cristo.

O Papa Leão XIII certa vez afirmou que; “toda graça concedida ao mundo, segue esta tríplice gradação; de Deus a Jesus Cristo, de Jesus Cristo a Santíssima Virgem Maria e da Santíssima Virgem Maria a todos nós”. Por tanto, Maria não esta esclusa desta hierarquia no plano de salvação.

Volto a trazer o exemplo do Papa e agora Beato João Paulo II, que consagrou todo seu pontificado a Santíssima Virgem Maria, confiando a ela toda sua vida, riquezas, e ministério. “TOTUS TUUS, Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria”. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 216/233 de S. Luís de Montfort.

Ao consagrarmos a Maria, estamos dando a ela o direito de passar a frente de toda a nossa vida, nossas escolhas, projetos, sonhos e decisões. Assim, permitimos que Maria gerencie nossa vida segundo vosso coração de mãe, que sabe e intui aquilo que é bom para nós e que esteja em plena conformidade com a vontade de Deus.

Só podemos confiar a nossa vida a alguém se tivermos certeza que este alguém quer o nosso bem e tem como objetivo nos levar para o Céu. Daí o sentido da devoção, em conhecê-la, amá-la e segui-la.

É bom dizer também que este culto a Virgem Maria não induz a nenhum tipo de adoração que ocupe o lugar de Deus, pois somente a Deus devemos adorar. Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 115 de S. Luís de Montfort

A Igreja nos ensina que todas as devoções estão dentro de um termo teológico grego chamado“hiperdulia”, que significa a honra e o culto de venerações especiais dedicado aos Santos, Anjos e a Vigem Maria no campo da piedade popular.

A hiperdulia, que está inserido na dulia, que é uma veneração, diferencia-se muito da latria, que é o culto de adoração prestado e dirigido unicamente a Deus. Por tanto, o culto a Virgem Maria é perfeitamente reconhecido pela Igreja e se torna até obrigatório quando vem indicado pela liturgia.

A consagração é outro termo muito usado no antigo testamente, que implica uma dedicação integral a algo ou alguém que nos torna diferentes, para um devido fim. Somos separados apenas na ordem da graça do meio comum dos homens, porém, no meio dos homens para que a graça que está em nós possa alcançar a todos. É como a Eucaristia que após ser consagrada se torna pela ordem da graça o corpo e sangue de Jesus Cristo, sem desaparecer as características da substancia, pão e vinho. Assim somos nós quando nos consagramos a Deus ou a Virgem Maria, continuamos com as mesmas características do homem quanto carne, porém revestidos pela graça da consagração nos tornamos instrumentos especiais e espirituais com a finalidade de fermentar o meio que estamos na construção do mundo novo. Os judeus utilizam o termo Kiddushin, que se refere, entre outras coisas, à santificação pelo casamento, quando o noivo é separado, exclusivo para a noiva, e vice-versa, e ambos são separados para Deus.

Quando os católicos utilizam a palavra ‘consagrar’, mantêm o mesmo sentido: “separar”, tornar sagrado, tornar santo, porque pertence exclusivamente ao Santo que santifica tudo o que lhe pertence, tudo o que ‘toca”.

Então, não tenhamos medo de consagrar toda a nossa vida a Maria e confiar em suas mãos tudo o que somos, fazemos e pensamos, pois ao fim, seu Imaculado Coração Triunfará sobre todo mal, porque aos seus filhos coube a ela a missão de cuidar e entregar a Jesus, sãos e salvos.

Marcelo Pereira

Maria Mediante Dos Cristãos


A palavra medianeira no vocabulário cristão nasce justamente com a vinda de Jesus. Ele é a ponte que nos liga ao Pai. Nosso advogado, intercessor, mediador entre nós e Deus. Ele nos justifica diante do Pai, não por que merecemos, mas porque ele nos ama.

Este aspecto de mediação é atribuído também a Maria que em um degrau mais abaixo se torna medianeira entre nós e Jesus.

É fácil de entender isso. Basta pensar que na vida em muitas circunstâncias é necessário a intermediação de pessoas para alcançarmos algum objetivo. Um emprego, por exemplo; há situações que somente por intermédio de outra pessoa mais influente é possível a conquista de algo desejado, seja um cargo, uma promoção ou uma mudanças de setor, justamente porque para nós seria impossível fazê-lo sem este recurso, sem este intermédio.

Também em um lar estas coisas acontecem. É muito fácil conseguir alguma coisa que desejamos quando recorremos a nossa mãe, geralmente é assim que acontece em nossa casa, justamente pelo fato da mãe ter mais coração, ser mais sensível mais acolhedora e etc…

Este intermédio no âmbito dos relacionamentos é benigno e natural, tanto quanto é na ordem da via espiritual. Nós estávamos privados da Glória de Deus por causa do nosso pecado. Mas Jesus veio e nos justificou na carne tomando sobre si todos os nossos pecados e tornou-se nosso intermédio redentor diante do Pai. Sim, sem esta intermediação de Jesus seria impossível voltarmos a chamar Deus de Pai.

O grande problema é que agora somos filhos, batizados, portadores da graça e da salvação, candidatos ao céu, mas apesar de termos todas estas possíbilidades e consciência, ainda assim continuamos a nutrindo uma vida de pecado.

Este tesouro mais valioso que o céu e a terra, nós o guardamos em vasos frágeis, em um corpo corruptível, em uma alma fraca e inconstante.

Então é aqui que entra o papel de Maria. Ela foi e é o intermédio de Deus para que Jesus tornasse nosso mediador e redentor, e contínua a ser no céu.

Esta escala hierárquica de mediação entre nós, Maria, Jesus e o Pai é uma questão delicada, cheia de controversas e divisões. A incompreensão e a não aceitação deste meio levou muitos de nossos irmãos a se divorciar da Igreja. Mas eu não quero entrar neste mérito agora, até porque considero muito mais relevante a questão do nosso pecado pessoal, que é justamente a nossa maior fragilidade diante de Deus do que esta questão protestante. O pecado nos mancha, nos fragiliza, torna impura e indigna nossa alma. No entanto, apesar de sermos portadores da nossa salvação por intermédio de Jesus, porém em vasos de barro, frágeis, inconstante.

É justamente aí que entre os méritos de Maria. Por nós mesmos devido ao nosso estado de impurezas, somos indignos de se aproximar do Senhor com nossos pedidos e anseios, mas Maria o é por nós, ela é digna de se apresentar diante do Filho todos os nossos rogos e preces, porque a ela o filho nada negaou. Já ouvimos muito aquela tão significativa frase “peça à mãe que o Filho atende”, é exatamente isso que significa medianeira, Maria medianeira dos cristãos.

Nossos pecados são como que nuvens pretas e carregadas que impede nossas orações de chegar até Jesus. Maria com seu coração imenso de mãe, sensível ao nosso estado de miséria, vem nos acolher e apresentar a Jesus, nossos grito de socorro, pois por nós mesmos, nosso grito se perderia no espaço.

Maria não só nos acolhe em nosso estado de miséria, como também intermédia nossa relação com Jesus, e que por sua vez, Jesus intermedeia com Deus Pai.

Roguemos a Maria, para que ela seja nossa intercessora, intermediadora entre nós e Jesus, amém!

Marcelo Pereira
 
Quem é Esta Que Avança Como Aurora


Maria é esta aurora que precede a luz do sol da justiça que é Jesus. A sua luz não ofusca a luz de Cristo porque o sol é a luz em potencial. Cristo é a luz do mundo em potencial, contudo, nos últimos tempos Maria deve brilhar em amor, misericórdia, força e graça como jamais brilhou em toda a história.

Paulo VI disse uma vez que; “em Maria os raios da beleza humana se encontra com os raios da Beleza Divina que é Deus”. Isto significa que a luz de Deus projetada em seu Filho Jesus se funde com o brilho da Luz de Maira, elas se encontram na mesma dimensão de beleza e pureza.

Nos inícios, durante a sua vida na terra, Maria quase não aparece em destaque, mesmo nos quatro evangelhos escritos pelos quatro evangelistas que viveram ao seu lado, mas isso não significa que a luz de Maria não brilhou entre eles, certamente por que maior que seu brilho e beleza era a sua humildade, que como um hábito, escondia sua beleza e graça aos olhos dos homens sendo apenas visível aos olhos de Deus.

Mas no decorrer da história, mais precisamente no fim dos tempos Maria deverá ser reconhecida e revelada pelo Espírito Santo a fim de que por ela Jesus seja mais conhecido e amado. É por Maria que as almas são chamadas a brilhar em santidade e graças.

Por ela Jesus veio pela primeira vez por obra do Espírito Santo, e por ela virá novamente na sua segunda vinda. Também é por meio dela que haveremos de nos encontrar com Jesus. É um canal único pelo qual Deus haverá de unir o céu e a terra, uma porta brilhante por onde Deus passa para chegar até nós e ao mesmo tempo é a porta pelo qual devemos usar para chegar até Deus.

Este é um grande sinal de que a volta de Jesus está próxima, pois quando Maria tornar-se conhecida, brilhante como o sol, redescoberta pelos filhos de Deus por obra do Espírito Santo, será o sinal da aurora que virá anunciar que Jesus vai voltar, o sol da justiça está prestes a brilhar. Cat. 972

A missão de Maria será sempre apontar para Jesus seu filho amado e querido. Ele é que deverá salvar a humanidade, porém, nada disso poderá acontecer se nós não a buscarmos, não a conhecê-la e receber de suas mãos a graça de merecê-Lo. Cat. 970 Não pode encontrar com Maria quem não a procura, e se a procura como encontrar-la se ela esta escondida. Justamente por isso que Maria precisa ser cada vez mais reconhecida para que as pessoas possam encontrá-la, e uma vez recebida, por ela formado em novo homem para assim entrar na Cidade Santa de Deus, lugar onde só os Bem-Aventurados, os descendentes de Maria podem entrar.

Por outro lado, o fato de estarmos debaixo dos raios de Maria, não nos poupa do nosso dever de vigilância diante do inimigo, pois é justamente pelo fato do demônio saber que pouco tempo lhe resta, ele redobrará seus esforços para atacar com mais veemência e impiedade os filhos da geração de Maria.

Desde Gênesis uma inimizade irreconciliável se estabeleceu entre o demônio e Maria, entre a sua descendência e a descendência dela e que tende aumentar sua fúria nos fins dos tempos. Gen 3,15 Mas isso não dá alguma vantagem ao inimigo, porque Maria é mais temível como um exército em ordem de batalha, brilhante como um sol, avança como aurora revelando o triunfo do seu Imaculado Coração aos filhos seus. Cântico dos Cânticos 6,10

Então neste momento terrível da história que esta por vir, onde o inimigo irá usar de toda sua força, todo seu exército e toda a sua artimanha para nos destruir, será melhor estarmos protegidos debaixo do manto virginal de Maria, pois nenhum mal poderá nos atingir porque a ela o inimigo jamais poderá vencer. Durante uma sessão de exorcismo o demônio chegou a confessar que para eles, debaixo do manto de Maria é impossível penetrar, pois é um manto sem qualquer mancha de pecado, (meio pelo qual os demônios usam para tocar em uma alma).Isso confirma o Dogma da Imaculada Conceição onde se estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus. Assim, Maria se torna para nós uma arma de proteção contra nossos algozes espirituais. O Papa Inocêncio III dizia que “quando o nome de Maria é invocado um grande exército se levanta para combater junta a ela”. A maior força de Maria concentra-se na sua humildade, obediência e pureza que é a maior fraqueza de Satanás, que perdeu sua luz e beleza por orgulho, vaidade e toda sorte de impureza de coração.

Maria conhece o ponto fraco do demônio tanto quanto ele sabe o ponto forte de Maria.Para Satanás e os demônios em Maria não existem pontos fracos, logo não existe nenhuma forma de penetrar por esta via. Então, ele sabendo que contra Maria não há alguma possibilidade de vitória, decidiu vir cegamente e cheio de fúria atrás de nós, seus filhos, para, de alguma forma, ferir-nos na fé, pois desprovidos da proteção de Maria somos alvos fáceis à destruição. Apoc 12,17

Desde o inicio esta sempre foi a grande jogada do demônio; uma estratégia que se aperfeiçoa na medida em que o tempo passa. Mas devemos reconhecer que Maria foi o grande trunfo de Deus contra Satanás, ele jamais poderia imaginar que Deus usaria de uma mulher para derrotá-lo, humilhante para quem é pai do orgulho, insuportável para quem era anjo de luz, mas agora destinado às trevas por toda eternidade. Maria foi e é o meio mais seguro pelo qual Deus encontrou para trazer a salvação aos homens na terra, um meio seguro, mais rápido, mais perfeito para vencer está guerra contra mal, S. Luís Grignion de Montfort.

Jesus o venceu porque aceitou passar pelo ventre de Maria. Ele sendo Deus não precisava, mas aceitou o plano de Deus e derrotou o inimigo segundo este método.

A receita está aí, o plano de Deus é este. Por meio de Maria haveremos de vencer o inimigo da nossa salvação neste vale de lagrimas. Maria marcha a nossa frente, junto a ela há um enorme exército de anjos que ao comando de São Miguel Arcanjo estarão em prontidão para todo e qualquer combate em favor das almas que Deus marcou com seu selo. Apesar do inimigo se parecer mais forte, não devemos ter medo, porque logo atrás de Maria está o nosso general, Jesus Cristo, o sol da justiça. Vai amanhecer e todos nós haveremos de ver esta luz que há de nos libertar de uma vez por todas de todo risco que nossa alma corre de ser perder.

Maranathá! Por Maria, vem Senhor Jesus.

Marcelo Pereira



Devoção ao Imaculado Coração de Maria


O objetivo único da devoção ao Imaculado Coração de Maria, é a salvação das almas e a conquista da paz. “Se fizerem o que eu vos disser, Salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A Guerra vai acabar” (Memórias da Ir. Lúcia).

Com estas palavras, Nossa Senhora foi bastante clara no seu objetivo nas aparições de Fátima, pois é em vista das almas, que toda a sua mensagem destina-se. A missão de Maria não é uma missão isolada da Igreja, porque também é esta a missão da Santa Igreja, “Dai-me almas, e ficai com o resto” já dizia Dom Bosco.

A salvação das almas e de toda a humanidade é o fim último no que diz respeito à missão da Igreja nesta terra.”Deus quer que; todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”. (I Tim 2, 3-4)

A salvação de toda humanidade só é possível, porque Maria disse seu sim a Deus. Uma vez que Deus decidiu que o Salvador viesse por meio de Maria, também por meio dela, devemos nós, sermos salvos. Salvos por intermédio de Maria e não salvos por ela, pois bem sabemos que, só Jesus é o Salvador e Maria sua mãe Santíssima é, a co-redentora com seu Filho Jesus. Ela colabora com Ele no plano de salvação. “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração”. (Memórias da Ir. Lúcia).

Resumindo, é isso que significa o Triunfo do Imaculado Coração de Maria. Não simplesmente uma devoção rotineira, disso depende ou não a salvação de muitos.

A nossa missão como cristãos é dar continuidade a este plano de salvação das almas. Por meio de Maria podemos salvar muitas almas, como aconteceu em toda Europa durante a primeira grande guerra mundial. Embora o seu pedido não foi cumprido como pedirá, ao menos muitas almas foram poupadas do terror do inferno porque através dos Pastorinhos que por meio de sacrifícios e orações puderam validar a promessa de Nossa Senhora que prometeu, “Se fizerem o que eu vos disser, Salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A Guerra vai acabar”.

Esta promessa ainda está em pleno vigor, porque muitos dos nossos poderão ser salvos, se como os Pastorinhos, nós abraçarmos o seu pedido de orarmos e sacrificarmos em prol da salvação das almas.

A salvação depende de Deus, mas os meios dependem de nós.

Deus abençoe você

Marcelo Pereira



Maria no plano da salvação – item 9


Amados irmãos que querem se tornar Escravos da Virgem Maria, a cada semana vamos meditando os ensinos de São Luiz Maria de Monfort do livro do Tratado sobre Nossa Senhora. Já vimos os itens de 1 a 8 e hoje estudaremos o item 9.

– Toda a terra está cheia da sua glória, particularmente entre os cristãos, que a tomam por tutelar e protetora em muitos reinos, províncias, dioceses e cidades. Quantas catedrais consagradas a Deus sob a sua invocação! Não há igreja sem um altar em sua honra, religião ou nação sem alguma de suas miraculosas imagens, ante as quais toda espécie de males são curados e se alcança toda espécie de bens. Quantas confrarias e congregações em sua honra! Quantos institutos religiosos colocados sob o seu nome e proteção! Quantos confrades e irmãs daquelas confrarias, quantos religiosos e religiosas de todos estes institutos publicam os seus louvores e anunciam as suas misericórdias! Não há criancinha que, balbuciando a Ave Maria, a não louve. Não há pecador, por mais empedernido, que não tenha, ao menos, uma centelha de confiança nela. Não há até demônio algum no inferno que, temendo-a, a não respeite.

Resumindo: Os cristãos sentem a presença da Mãe de Deus no mundo, pois em muitas catedrais, igrejas , países Nossa Senhora é honrada e amada; assim como em institutos religiosos, nas confrarias, nos seminários, conventos e até as criancinhas quando rezam a Ave-Maria a louvam e os demônios A temem e A respeitam.

E você…..? Qual sua postura diante de tão grande amor que devotam a Virgem Maria? Responda orando!

Com carinho


Maria no plano da salvação – item 8


Amados irmãos que querem se fazer Escravos da Virgem Maria, vamos entender o item 8 do livro do Tratado sobre Nossa Senhora, segundo São Luiz. Já vimos os itens de 1 a 7.

8. Todos os dias, de um extremo a outro da terra, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo proclama e publica a admirável Virgem Maria. Os nove coros dos anjos, os homens de ambos os sexos, idades, condições ou religiões, os bons e os maus, e até mesmo os demônios, são forçados a chamá-la bem aventurada. Quer queiram, quer não, a isso os obriga a forçada verdade. Como diz São Boaventura, todos os anjos lhe cantam no céu incessantemente: “Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo – Santa, santa, santa Maria, Mãe de Deus e Virgem”(S. Boaventura: Psalter majus B. V., Hymn. Intar Hymni Ambrosiani). E, todos os dias, lhe oferecem milhões e milhões de vezes a saudação angélica: “Ave, Maria etc.”, prostando-se na sua presença e pedindo-lhe a mercê de os honrar com algumas das suas ordens. O próprio São Miguel, embora seja o príncipe de toda a corte celeste, é o mais diligente em lhe prestar toda espécie de homenagens e em fazer com que lhas tributem. Constantemente aguarda a honra de por Ela ser mandado em auxílio a alguns dos seus servos.

Resumindo:

Toda a natureza, os anjos e os santos e até mesmo os demônios se veem forçados a chamar Nossa Senhora de “bem-aventurada” e muitas vezes ao dia Ela é saudada com Ave Maria, cheia de graça,… e São Miguel, embora de posição tão elevada faz de tudo para homenageá-la e sempre está pronto para atender às Suas ordens.

Vamos rezar

Oh! Querida Mãe Deus e nossa, se a natureza, os anjos e os santos Vos reconhecem como a obra-prima do Pai, eu também quero honrá-La rezando uma Ave-Maria:

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco e bendito sois Vós entre as mulheres e bendito fruto do Vosso frente Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.


Maria no plano da salvação – item 7


Com muita alegria que vamos conhecer o que diz São Luiz de Monfort no item 7 do seu livro sobre o Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem.

Ah! Não se esqueça que já “postamos” desde o item 1 até o 6. É só dar uma olhadinha em nosso Blog Fátima Hoje (Maria no plano da salvação)! Ok?

Então vamos lá! Fala São Luiz….

7 – Os santos disseram coisas admiráveis desta santa cidade de Deus. E, segundo o seu próprio testemunho, nuca foram tão eloqüentes nem tão felizes como quando nela falavam. E depois disto exclamam que a sublimidade dos seus méritos, que chegam até ao trono da Divindade, não se pode perceber; que a extensão da sua caridade, maior que a terra, não se pode medir; que a grandeza do seu poder, que até sobre Deus se estende (Veja os nº 27 e 37), não se pode compreender e, finalmente, que a profundeza da sua humildade e de todas as suas virtudes e graças é um abismo insondável. Ó sublimidade incompreensível! Ó extensão inefável! Ó grandeza incomensurável! Ó abismo impenetrável.

Entendendo este pequeno texto:

São Luiz concorda com as maravilhas que os santos falam da Virgem Maria e ainda ele A exalta exclamando:

Oh! perfeição incompreensível!
Oh! Extensão indizível!
Oh! Grandeza que não se pode medir!
Oh! Abismo que não se pode penetrar!

Hoje vamos cantar:

PORQUE AMO MARIA ?

Padre Antônio Maria

Por que amo assim Maria, perguntou-me um dia alguém, devo e quero sempre amar a quem Deus ama também.
Se até meu inimigo devo amar com todo amor, como não amar aquela que me trouxe o Salvador?
Ave Maria,
Ave Maria, estrela guia, Mãe admirável que ao Pai me conduz.
Ave Maria,
Ave Maria, no dia-a-dia. Eu quero te amar com amor de Jesus.
Só Deus pode responder por aquilo que Ele faz, quis precisar de Maria para nos trazer a paz, de outro modo poderia vir a nós o Salvador, mas quis ter medianeira o que é mediador.
Ave Maria,
Ave Maria, estrela guia, Mãe admirável que ao Pai me conduz.
Ave Maria,
Ave Maria, no dia-a-dia.
Eu quero te amar com amor de Jesus. Não encontra quem quiser encontrar Cristo sem cruz, Impossível é sem Maria encontrar também Jesus. Como não há cruz sem Cristo e não há Cristo sem cruz, não há Jesus sem Maria nem Maria sem Jesus.
Ave Maria,
Ave Maria, estrela guia, Mãe admirável que ao Pai me conduz.
Ave Maria,
Ave Maria, no dia-a-dia.
Eu quero te amar com amor de Jesus Com carinho, Ione Maria!

Maria no plano da salvação – item 6


O Poderoso fez em mim grandes coisas!”(Lc1,49).

São Luiz Maria Grignon de Monfort foi o santo que mais soube falar de Nossa Senhora através do Livro do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Este livro é composto de 273 itens cheios de riquezas sobre a Virgem Maria no plano da salvação. E quando nós o conhecemos, se quisermos, podemos fazer a nossa Consagração a Ela e nos tornarmos Escravos de Jesus por Maria, assim como fizeram grandes santos: Santa Terezinha, São Pe.Pio, e mais ultimamente o Papa João Paulo II entre muitos outros.

Convido você a fazer esta linda viagem, através do nosso Blog Fátima Hoje.

Na sequência, vamos ler o item 6 onde São Luiz nos fala:

6 – Digo com os santos: Maria Santíssima é o paraíso terrestre do novo Adão, onde Ele encarnou por obra do Espírito Santo, para aí operar maravilhas incompreensíveis. É o grande, o divino mundo de Deus, onde há belezas e tesouros inefáveis. É a magnificência do Altíssimo, onde Ele escondeu, como em seu seio, o seu Filho único e nele tudo o que há de mais excelente e precioso. Oh! Que grandes e misteriosas coisas fez o Deus onipotente nesta admirável criatura, segundo Ela própria é forçada a dizer, a respeito da sua profunda humildade: “O Poderoso fez em mim grandes coisas!”(Lucas 1,49). O mundo não conhece estas maravilhas, porque é incapaz e indigno disso.

Entendendo:

São Luiz se rejubila com os grandes e lindos mistérios que Deus fez em Maria. Fez Dela o paraíso de Jesus; ainda mais: o divino mundo onde Ele pode esconder Jesus e em Jesus tudo o que há de excelente e precioso. Foi por isso que Nossa Senhora disse de Si mesma: O poderoso fez em mim grandes coisas! (Lc 1,49)

Vamos orar:

Deus Pai, à medida que vamos lendo este Tratado, mais entendemos sobre a pessoa de Maria Santíssima. Fica claro que o que Ela é, o é por vontade e obra Sua.

Virgem Santíssima, realmente, Deus fez maravilhas em Ti! E Ele a fez pensando em mim, em nós.

Bendito sejas Tu, Senhor Deus todo poderoso! Amada sejas Tu, humilde Maria.

Ione Maria


Maria no plano de salvação – item 5



Quem é Maria Santíssima para Deus?

São Luiz Maria Grignon de Monfort foi o santo que mais soube falar de Nossa Senhora através do Livro do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Este livro é composto de 273 itens cheios de riquezas sobre a Virgem Maria no plano da salvação. E quando o conhecemos, se quisermos, podemos fazer a nossa Consagração a Ela e assim nos tornarmos Escravos de Jesus por Maria, assim como fizeram grandes santos: Santa Terezinha, São Pe.Pio, e mais ultimamente o Papa João Paulo II.

Convido você a fazer esta linda viagem, através do nosso Blog Fátima Hoje.

Hoje, na sequência, vamos ler o item 5 onde São Luiz nos fala:

5 – Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cuja posse e conhecimento Ele reservou para si (S. Bernardino de Sena: Sermo 51, art.1, cap.1). ”Maria é a Mãe admirável do Filho o qual quis humilhá-la e esconde-la durante a vida para favorecer a sua humildade. Par este fim tratava-a pelo nome de “mulher”(João 2,4 e 19,26), como a uma estranha, embora no seu coração a estimasse mais do que a todos os anjos e a todos os homens. Maria é a Fonte Selada (Cf. Cântico 4,12) é a esposa do Espírito Santo, onde só Ele tem entrada. Maria é o santuário e o repouso da Santíssima Trindade, onde Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem executar a sua morada acima dos querubins e serafins. Neste santuário nenhuma criatura, por mais pura que seja, pode entrar a não ser por grande privilégio

Entendendo:

Para Deus Pai, Ela é a obra prima, para Deus Filho Ela é a Mãe admirável, para o Espírito Santo Ela é a esposa e fonte selada e para a Santíssima Trindade Ela é o santuário e o lugar de Seu repouso.

Vamos rezar……

Querida Santíssima Trindade, se para Vós a Virgem Maria é tudo e tanto, o que não será Ela para nós pobres filhos de Eva! Mãe, a Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Oh! Clemente! Oh! Piedosa! Oh! Doce e sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Até nosso próximo item.

Ione Maria!


Maria no plano da salvação – item 4


São Luiz Maria Grignon de Monfort foi o santo que mais soube falar de Nossa Senhora através do Livro do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Este livro é composto de 273 itens cheios de riquezas e que quando assimilados em nossas vidas e devidamente preparados podemos fazer a nossa Consagração a Ela e assim nos tornarmos Escravos de Jesus por Maria, assim como fizeram grandes santos: Santa Terezinha, São Pe.Pio, e mais ultimamente o Papa João Paulo II.

Convido você a fazer esta linda viagem, através do nosso Blog Fátima Hoje.
Hoje, na sequência, vamos ler o item 4 onde São Luiz nos fala:

4 – Deus Pai consentiu em que Ela não fizesse milagres em vida, pelo menos manifestos, embora lhe tivesse dado poder para isso. Deus Filho permitiu que quase não falasse, embora tendo-lhe comunicado a sua sabedoria. Deus Espírito deixou que os seus Apóstolos e Evangelistas falassem muito pouco sobre Ela, apenas o necessário para dar a conhecer Jesus cristo, apesar de Ela ser a sua esposa fiel.

Vamos entender

Maria havia pedido a Deus a graça de não ser conhecida de ninguém,. Por isso Deus Pai não permitiu que, embora Ela tivesse poder para fazer milagres, não o fizesse. Deus Filho (Jesus) não permitiu que Ela falasse, embora fosse sábia e Deus Espírito Santo permitiu que os apóstolos e evangelistas falassem quase nada Dela, embora fosse seu Divino esposo.

Você já sabia disso?

Até o nosso próximo encontro: eu, você e a Virgem Maria.



Maria no plano da salvação – item 3


PARA ATENDER À VIRGEM MARIA DEUS A OCULTOU !

A Virgem Maria pediu a Deus que A ocultasse, A fizesse pobre e A humilhasse e para isto Deus a ocultou em sua concepção, nascimento, na sua vida, na ressurreição e assunção diante de quase todas as criaturas

Isto é o que explica São Luiz de Monfort em seu livro sobre o Tratado da Virgem no

item 3– A fim de atender aos pedidos que Ela lhe fez, para que a ocultasse, empobrecesse e humilhasse, aprouve a Deus, oculta-la na sua conceição e nascimento, na sua vida, mistérios, ressurreição e assunção, aos olhos de quase toda criatura humana. Seus próprios pais não a conheciam, e os anjos perguntavam muitas vezes entre si: “Quae est ista? Quem é esta?,” porque o Altíssimo lha escondia ou, se alguma coisa lhes revelava a seu respeito, infinitamente mais lhes ocultava

Vamos orar:

Deus Pai, quanto mais leio este livro sobre a Virgem Maria, mais me sinto feliz em ser Escrava do Senhor por meio Dela. O Senhor a fez perfeita! Com sentimentos nobres: humildade, pobreza e escondimento. E foram estas virtudes que a fez merecedora de ser escolhida para ser a Mãe de Jesus. Sinto-me constrangida diante desta obra prima de Suas mãos. Ah! Mas se foi o Senhor quem a fez assim, a mim só resta dizer: Louvado sejas por Seus planos, escolha e bondade. Pois tudo o que realizou em Maria, foi pensando na humanidade. Foi pensando em mim. Obrigada Bom Deus!

Ione Maria

Maria no plano da salvação – item 2



Mãe escondida e secreta

Meditação do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem – item 2

2 – Toda a sua vida Maria permaneceu oculta; por isso o Espirito Santo e a Igreja a chamam Alma Mater – Mãe escondida e secreta. Tão profunda era a sua humildade, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda a criatura, para ser conhecida somente de Deus.

O segredo de Maria sempre foi a humildade. A palavra humildade vem da origem da palavra húmus, que significa “solo sobre nós” ou ainda “terra fértil”. Em outras palavras, húmus é o nível que nós estamos. Cada homem e cada mulher tem o mesmo nível de dignidade, de possibilidade de ação. A palavra humildade também deriva a palavra “humano”, ou seja, ser humilde significa estarmos todos no mesmo nível, ninguém é melhor ou pior do que o outro, todos estamos no mesmo plano de dignidade pois todos nós somos humanos e estamos todos no mesmo solo, num mesmo patamar de dignidade.

Maria se colocou no mesmo plano de todos os homens e mulheres, pois desta forma ela não se destacaria aos olhos humanos mas somente aos olhos de Deus. Na humildade de Maria se esconde um segredo que hoje o próprio Deus nos quer revelar, o segredo de ser um com o outro, de estar no mesmo plano de dignidade do outro, é exatamente isso que nos faz destacar aos olhos de Deus. Maria foi tão humilde, tão humana tão comum entre os homens que se destacou entre todas as outras mulheres “Bendita és tu entre todas as mulheres…”, apenas por ter eficaz no cumprimento da palavra humildade.

Não é com confetes ou com exageros que vamos atríar a atenção de Deus sobre nós, mas é com a santa humildade, como a Alma Mater (Mãe escondida e secreta ).

Quero pedir hoje que Maria, mãe da humildade nos ensine o segredo de sermos único aos olhos de Deus, mas comuns entre os outros a fim de termos dignidades iguais para que só Deus seja exaltado em nosso relacionamento. Hoje é um dia de nos consagrarmos a Maria, a sua santa humildade, ao seu Imaculado coração. Segue acima uma oração de consagração ao Imaculado Coração de Maria feito pelo Monsenhor Jonas Abib, em Fátima, no dia 11 de Maio de 2004, diante a Imagem de Nossa Senhora de Fátima na Capelinha das Aparições.

Marcelo Pereira


Maria no plano de salvação – item 1


Meditação do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem

1 – O artigo primeiro do Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Maria já começa com uma frase significativa e profundamente escatológica.

“Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio dela que ele deve reinar no mundo”

Veja, Maria está presente no inicio e fim do plano de Deus. No inicio, porque Deus quis precisar de uma mulher para que Cristo pudesse penetrar na vida humana. Deus poderia usar outra forma de fazer isto? Poderia! É claro que poderia, pois Ele é Deus e tem poder para isso, mas, a participação de um ser humano no plano de salvação também faz parte da sabedoria Divina de Deus. Maria foi a escolhida já antes da execução do plano para ser está intermediária, está porta pela qual Jesus pudesse ter acesso a cada um de nós.

Ela também está destinada para ser o intermédio do reinado de Cristo até a sua volta. Por tanto, Maria está presente não só no inicio e fim da história, mas principalmente no centro da história e do plano de Deus. Maria sempre estará em destaque em cada momento da história do homem. Já se somam mais de 2000 anos que uma avalanche de ideologias anticristã e até mesmo cristã como no caso dos evangélicos, que tentam rasurar está personagem da história, mas devo afirmar que Maria não foi desenhada por mãos humanas, mas pela própria vontade de Deus. Ele quis que fosse assim e será assim querendo ou não querendo. Também isso não é uma imposição de Deus, pois a salvação é para todos e é gratuita e recebe quem a deseja e a busca. Um coração fechado a está realidade fica apenas com a sensação de estar na verdade, mas no fundo não chega a ter o paladar e nem mesmo se sacia desta graça que é Maria na vida do homem.

Vamos fazer um caminho sob este alicerce que é Maria segundo o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria de São Luís Maria Grignion de Montifort. Este é apenas o artigo 1 do tratado. No próximo artigo vamos conhecer uma característica muito forte de Maria que comprova porque Maria é bendita entre todas as mulheres.

Marcelo Pereira