31º Domingo Do Tempo Comum
Solenidade de todos os santos
Livro do Apocalipse de São João:
Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3“Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”.
4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.
11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos, e dos quatro Seres vivos, e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo:12“Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém”. 13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?”
14Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”.
E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo ( Salmos 23 )
— É assim a geração dos que procuram o Senhor!
— É assim a geração dos que procuram o Senhor!
— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.
— “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.
— Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a geração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”.
Segunda Leitura ( 1 João 3,1-3 )
Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Evangelho ( Mateus 5,1-12ª )
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
Comentário do Evangelho
Bem-aventuranças
Mateus, no seu evangelho, apresenta, didaticamente, cinco coletâneas de textos extraídos das tradições das primitivas comunidades cristãs, formando cinco discursos de Jesus. O "Sermão da Montanha" é o primeiro destes discursos, em vista do anúncio do Reino dos Céus. Este Sermão inicia-se com as nove bem-aventuranças.
A subida à montanha é uma alusão ao lugar do encontro com Deus e a Moisés que recebeu os mandamentos da Lei na montanha (Sinai). Moisés, agora, cede lugar a Jesus, que apresenta as bem-aventuranças do Reino dos Céus. Os mandamentos da Lei eram expressos em forma categórico-imperativa. Contudo, as bem-aventuranças proclamadas por Jesus são uma oferta amorosa de felicidade a ser encontrada na união de vontade com Deus, através de práticas acessíveis a todos.
As bem-aventuranças não indicam um estado de felicidade de alguém que se aplica em crescer nas virtudes pessoais, mas sim a felicidade da comunhão com os irmãos, particularmente os mais excluídos, em um processo de libertação e integração social, e, nesta comunhão com os irmãos, a felicidade da própria comunhão com Deus.
A primeira bem-aventurança apresenta a pobreza, na forma de desapego concreto dos bens terrenos, como a característica genérica do Reino. As duas bem-aventuranças seguintes apontam para as vítimas da sociedade injusta: os que choram e os submissos ("mansos") aos quais o amor de Deus traz a libertação. Seguem-se quatro bem-aventuranças ativas, em vista da transformação da sociedade: a fome e sede da justiça que é a vontade de Deus, a misericórdia que impulsiona à ação solidária, a pureza do coração que supera a pureza ritual e acolhe a todos, e os promotores da paz em vista da construção de um mundo sem a ambição e a violência daqueles que tiram o alimento dos pobres para transformá-lo em armas de destruição maciça. As duas últimas bem-aventuranças retomam o tema da justiça, advertindo sobre a repressão a que estarão sujeitos os que a buscam e exaltando sua grandeza.
Pela prática das bem-aventuranças, na plenitude do amor, somos, de fato, filhos de Deus (segunda-leitura). Nelas encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos entre todos os povos, chamados a formar "uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos e línguas" (primeira leitura). As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.
José Raimundo Oliva
A missa parte por parte - Procissão de Entrada
A cruz caminha à frente, erguida, em marcha, como sinal da vitória de Cristo crucificado. A “árvore da vida” vem ladeada pelas velas, precedida pelo incenso que sobe ao céu. Depois caminham as acolitas e as coroinhas, e a equipe de liturgia e os ministros por fim, o sacerdote, sinal na presença de Cristo que preside o povo na oração com uma acolita carregando o missal.
Caminhar faz parte da vida do cristão, de fato, somos um povo em marcha, caminhamos rumo à pátria celeste onde viveremos para sempre com Deus. A procissão de entrada recorda que estamos em caminho, assim como o povo de Israel que caminharam 40 anos pelo deserto. O Apóstolo Paulo falando à comunidade de Corinto, já elucidava que a vida do cristão é uma verdadeira corrida (1 Cor. 9: 23-27).
Mas é o sacerdote a grande motivação da procissão de entrada, de fato, ele preside o povo in persona Christi capitis, ou seja, na pessoa do próprio Cristo, sumo e eterno sacerdote. Na pessoa do padre se realiza o mistério grandioso da presença do Senhor, por isso ele caminha solenemente, revestido das vestes sagradas, rumo ao altar do sacrifício. Enquanto a procissão não chega ao altar toda comunidade entoa o canto de abertura, que já nos introduz nos mistérios sagrados que serão celebrados. A seguir veremos o significado da incensação, da reverência e do beijo ao altar.
Qual o significado da incensação, a reverência e o beijo ao altar.
O beijo ao altar elucida a intimidade e reverência do sacerdote pelo mistério de Cristo crucificado. A inclinação dos ministros à mesa do Senhor chama-se vênia e nos lembra a necessidade de nos rebaixar para que Cristo seja o centro de tudo, pois: “é necessário que ele cresça e eu diminua" (Jo 3, 30). A incensação é a homenagem que se presta a Deus, e o altar é sinal de sua presença. O uso do incenso no culto divino é antiqüíssimo, e somente ao Senhor ele é oferecido, só ele é digno de honra, glória e adoração.
Uma última palavra a respeito dos sinais de reverência se faz necessária: quando o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no presbitério, se faz a genuflexão (ajoelhar encostando o joelho esquerdo no chão) em sinal de adoração.
Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato penitencial
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.
E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos e aos outros.
Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “Senhor, tende piedade de nós!”
Hino de louvor (Gloria)
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!
Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.
OREMOS
A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
LITURGIA DA PALAVRA
Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas e ofertas.
Primeira leitura
A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.
Salmo responsorial
Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda leitura
A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.
Canto de aclamação ao Evangelho
Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho
A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.
Homilia
É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discípulos.
Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje".
Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.
Profissão de fé
Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.
A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.
Oração da comunidade (Oração dos fiéis)
Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.
Procissão das oferendas
Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
Consagração do pão e vinho
O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
Orações pela igreja
A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.
Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador".
Por Cristo, com Cristo e em Cristo
Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.
RITO DA COMUNHÃO
Pai nosso
Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.
Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante.
Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação.
A paz
Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição.
Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Fração do pão
O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fIéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.
Comunhão
A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como MIstério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna.
À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
Modo de comungar
Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungaste imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca.
Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho é diretamente na boca.
Pós comunhão
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!
Rito final
Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimos nos, e é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.
Como receber a benção
É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.
Qual a parte mais importante da Missa?
É justamente agora a parte mais importante da Missa, quando Ela se acaba, pois colocamos em prática tudo aquilo que ouvimos e aprendemos durante a celebração, enfim quando vivenciamos os ensinamentos de Deus Pai.
Sobre o Mistério Da Santa Missa
Vigário Paroquial da Paróquia Bom Pastor Juiz de Fora, MG Muitos católicos ainda não suficientemente conscientes de sua fé pensam que a Santa Missa é apenas um encontro entre irmãos para uma oração comunitária. Não, a Missa, sem deixar de ser um encontro entre irmãos, é muito mais do que uma reunião fraterna. Na verdade, a Santa Missa condensa e torna atual toda a obra da Redenção. Pela Missa, é Deus que, antes de tudo, vem ao nosso encontro; e só porque Ele vem até nós, nós podemos ir até Ele. Vamos ao Pai por Jesus Cristo na força do Santo Espírito. Na Oração sobre as oferendas da Missa da Ceia do Senhor – Missa in Coena Domini - , o sacerdote pronuncia estas palavras: “Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar dignamente da Eucaristia, pois todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória de Vosso Filho, torna-se presente a obra de nossa Redenção. Por NSJC”. Uma meditação sobre a riqueza dessa oração seria capaz de dar-nos uma visão adequada do mistério da Santa Missa. A oração primeiramente pede que sejamos dignos de participar da Eucaristia. Com efeito, por ser um dom tão elevado, a Eucaristia nos faz tremer. Somos frágeis e pecadores. Deus é forte e santo. O profeta Isaías experimentou o contraste entre a santidade de Deus e a nossa miséria: “Ai de mim, estou perdido! Sou um homem de lábios impuros, vivo entre um povo de lábios impuros, e, no entanto, meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos” (Is 6,5). A oração é atendida, pois Deus toca os seus lábios impuros e os purifica: “Agora que isto tocou os teus lábios tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6, 7). Semelhantemente, tornamo-nos aptos a tão elevado dom em virtude da misericórdia de Deus. O mesmo Senhor que purificou os lábios de Isaías purifica, em Cristo, o nosso coração. Depois a oração explica em que consiste a grandeza da Eucaristia. É que todas as vezes que a celebramos, a obra da nossa Redenção torna-se presente. Como entender isso? Deus nos tirou das trevas e do pecado por meio de Jesus Cristo, que é a Luz do mundo e o Cordeiro de Deus que dissolve o pecado. Toda a vida de Jesus, na Palestina, foi um contínuo ato de obediência à vontade do Pai. A sua obediência, que encontrou máxima expressão na morte de cruz, é capaz de desfazer a nossa desobediência. A sua vida é capaz de enriquecer e transformar a nossa vida. A sua morte e ressurreição mudaram para sempre o sentido da nossa vida e da nossa morte. Em Cristo, tornamo-nos eternos. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ora, tudo isso é a obra da Redenção realizada por Jesus. Mas como entrar em contato com essa obra? Como apropriar-se da Redenção? O grande meio deixado por Jesus, ao lado da escuta da Palavra de Deus e do serviço da caridade, são os sacramentos da Igreja, entre os quais sobressai a Eucaristia. Na Eucaristia, o mistério de Cristo torna-se realmente presente sob o véu dos sinais sacramentais. A “memória de Vosso Filho” mencionada na oração acima não é a simples recordação (nuda commemoratio), mas é memória em sentido ativo, isto é, uma memória que traz o acontecimento passado – a obra realizada por Jesus na Palestina – para o presente da nossa história. Ora, se o mistério de Cristo está presente, a nossa Redenção, cujo autor é o próprio Cristo, também se faz presente, e, assim, nós podemos beber na fonte da graça. A Santa Missa torna presente no hoje de nossa história a obra redentora do Senhor Jesus. Uma pergunta que poderia ficar: Por que a oração que estamos meditando chama a Eucaristia de sacrifício ao dizer “todas as vezes que celebramos esse sacrifício”? Para entendê-lo é preciso reconhecer que a vida e a obra de Jesus foi um sacrifício. Sim, a obediência de Jesus e todas as suas atitudes, de modo especial a doação na cruz, foram um sacrifício – uma oferta, uma ação sagrada – agradável aos olhos do Pai. Ora, a Missa, ao tornar presente o mistério de Cristo que se doou até a cruz, é um verdadeiro sacrifício. A Missa não repete o sacrifício de Cristo, mas o torna presente. Na verdade, pela Missa, Cristo une a Igreja, que é seu Corpo Místico, ao seu único sacrifício. Nesse sentido, o Papa João Paulo II afirmou: “Este sacrifício é tão decisivo para a salvação do gênero humano que Jesus Cristo realizou-o e só voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se tivéssemos estado presentes” (Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 11). Caro leitor, poderíamos ainda dizer muitas coisas sobre as inesgotáveis riquezas da Missa. Fiquemos, por enquanto, por aqui. Lembramos que, antes de tudo, a Missa é um mistério de fé, e é a fé consciente e madura que nos deve levar a amar a Missa e fazer dela o grande meio de união com Deus e com os irmãos.
Experiência do encontro com Jesus ressuscitado
Porque ir sempre ao encontro de Cristo nas Missas, o Senhor se manifesta ressuscitado na fração do pão. Ele vem ao nosso encontro, caminha conosco, instrui-nos por sua palavra e se dá a conhecer na fração do pão. Assim, celebremos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que promovem a partilha e ajudam a criar laços de comunhão.
A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos, o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro convida os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz. Então, a ação dos apóstolos aparece como continuidade da ação de Jesus. Desta forma, Pedro representa o testemunho da primitiva comunidade de Jerusalém, convidada a testemunhar a missão de Jesus e em apresentar aos homens o projeto salvador de Deus para a remissão dos pecados. As palavras e os gestos das "testemunhas" de Jesus mostram como o mundo muda quando a salvação chega e como passa de uma situação de escravidão para ser um povo livre.
Na segunda leitura, João lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu. A realidade humana é de pecado, por isso, se assim não fosse Deus não teria a necessidade de enviar ao mundo o seu Filho com uma proposta de conversão e salvação, se o pecado não fosse uma realidade universal. A conversão à prática da justiça leva à construção de um mundo de paz, liberto do pecado, assumido por Deus. A conversão à justiça é a prática do mandamento do amor. Desta forma, é preciso ser coerente, que deve manifestar-se no reconhecimento da debilidade e da fragilidade que fazem parte da realidade humana e num esforço de fidelidade aos mandamentos de Deus.
No Evangelho, Lucas relata um episódio que situa em Jerusalém, pouco depois da ressurreição. Os dois discípulos retornam a Jerusalém para contar o que havia acontecido no caminho, e comunicam aos apóstolos reunidos o reconhecimento de Jesus na partilha do pão. Quando estão falando, o próprio Jesus aparece no meio deles. E mesmos ouvindo o depoimento dos discípulos de Emaús e vendo Jesus aparecer diante deles, ficaram assustados e cheios de medo. Jesus falou com eles, mostrou as mãos e os pés, deixou-se tocar, ainda assim não acreditaram, a ponto do próprio Senhor lhes censurar porque estavam preocupados e tinham dúvidas no coração. O ambiente ainda de perturbação e dúvida. A comunidade sente-se desamparada e insegura. Há medo e insegurança, pois, os discípulos ainda não fizeram a experiência de encontro com Cristo ressuscitado.
A narrativa reafirma a comunicação da paz, da realidade corpórea do ressuscitado e o testemunho missionário. Assim, as comunidades de discípulos devem viver na paz, conscientes da presença de Jesus. E esta paz só pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos. A vida eterna, ultrapassada a condição temporal, como ressuscitados, envolve a totalidade da pessoa, corpo e alma. O encontro com Jesus é o encontro com a paz. É a paz em plenitude, a paz da participação da vida eterna do Pai, que Jesus traz a todos.
Desta forma, os discípulos descobrem, progressivamente, Jesus vivo e ressuscitado; e após esse "encontro", os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus diante dos outros homens e mulheres. Reconhece assim para os cristãos de todas as épocas que Cristo continua vivo e presente, acompanhando a sua Igreja, e que os discípulos, reunidos em comunidade, podem fazer uma experiência de encontro verdadeiro com Jesus ressuscitado.
Então, podemos perguntar: como é que podemos fazer uma experiência de encontro com Jesus ressuscitado? Como é que podemos mostrar ao mundo que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação?
Neste sentido, Lucas assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o centro, à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É o Jesus que partilhou o pão com o povo, que trouxe paz a todos e que continua presente na comunidade. E pelo amor se entra em comunhão com Deus em sua vida eterna. Tocados pela graça da eucaristia, conseguimos superar os limites na nossa relação com o próximo. Isso se chama santidade de vida, que permite o entrelaçamento em nós, do humano e divino, aquele que é santo, aceita participar da nossa vida.
É precisamente nesse contexto de encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço, que os discípulos de hoje podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Pois, o Senhor se manifesta vivo, aquece o nosso coração com sua Palavra, partilha conosco o pão da vida e, abrindo os nossos olhos, anima-nos, enviando-nos como testemunhas da vida nova. Assim seja! Amém.
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O Que É Santa Sé
A Santa Sé (em latim: Sancta Sedes, oficialmente Sancta Sedes Apostólica ), também chamada de Sé Apostólica, do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano, ou mais precisamente do Estado da Cidade do Vaticano.
Este “é um instrumento para a independência da Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e uma identidade própria sui generis, enquanto representação do governo central da Igreja”.
Com poucas exceções, como a China e a Coréia do Norte, a Santa Sé possui representações diplomáticas (Nunciatura Apostólica) com quase todos os países do mundo.
CONHEÇA O VATICANO
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália.
Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor Estado do mundo, tanto por população quanto por área.
A Cidade do Vaticano é uma cidade-estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao Cristianismo primitivo e é a principal sé episcopal de 1,142 bilhão de Católicos Romanos (Latinose Orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicados em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim.
A Cidade do Vaticano é um estado eclesiástico ou sacerdotal-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa.
A Santa Sé (em latim: Sancta Sedes, oficialmente Sancta Sedes Apostolica, e em português: "Santa Sé Apostólica"), também chamada de Sé Apostólica, do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano, ou mais precisamente do Estado da Cidade do Vaticano. Este “é um instrumento para a independência da Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e uma identidade própria sui generis, enquanto representação do governo central da Igreja” [1].
O sujeito de direito internacional é a Santa Sé. As relações e acordos diplomáticos (Concordatas) com outros estados soberanos portanto, são com ela estabelecidos e não com o Vaticano, que é um território sobre o qual a Santa Sé tem soberania.
Com poucas exceções, como a República Popular da China e a Coreia do Norte, a Santa Sé possui representações diplomáticas (Nunciatura Apostólica) com quase todos os países do mundo.
O atual Código de Direito Canônico [2], quando trata da autoridade suprema da Igreja, dispõe:«Com o nome de Sé Apostólica ou Santa Sé designam-se neste Código não só o Romano Pontífice, mas ainda, a não ser que por natureza das coisas ou do contexto outra coisa se deduza, a Secretaria de Estado, o Conselho para os negócios públicos da Igreja, e os demais Organismos da Cúria Romana». (can. 361)
Durante o período de Sé vacante a Santa Sé é governada pelo Colégio Cardinalício.
Índice [esconder]
Cúria Romana
Palácio da Cúria Romana na Cidade do Vaticano.
A Cúria Romana[1] é o órgão administrativo da Santa Sé, constituído pelas autoridades que coordenam e organizam o funcionamento da Igreja Católica. É geralmente visto como o governo da Igreja. Curia no latim medieval significa "corte" no sentido de "corte real", pelo que a Cúria Romana é a corte papal, que assiste o Papa nas suas funções.
Pelo Decreto Christus Dominus de 28 de outubro de 1965 do Papa Paulo VI ficou estabelecido que Para exercer o poder supremo, pleno e imediato sobre a Igreja universal, o Romano Pontífice vale-se dos Dicastérios da Cúria Romana. Estes, por conseguinte, em nome e com a autoridade dele, exercem seu ofício para o bem das Igrejas e em serviço dos Sagrados Pastores.[2]
A importância da Cúria Romana cresceu ao longo da história da Igreja, tendo o apogeu durante a época de exercício de poder temporal que terminou no século XIX, com a unificação de Itália e a extinção dos Estados Papais, formalmente concluída em1929 com os Tratados de Latrão. Desde aí a Cúria deixou de se ocupar com a administração dos antigos Estados Papais, e, dada a reduzida extensão do território do Vaticano, dedica-se ao apoio à acção papal, à diplomacia e à gestão política.
A Cúria têm a seguinte estrutura organizacional:
[editar]Secretaria de Estado
Ver artigo principal: Secretaria de Estado da Santa Sé
A Secretaria de Estado do Vaticano[3] (Secretaria Apostólica) - criada no século XV, é um dos dicastérios (congregações pelas quais o Papa conduz a administração da Igreja) constituído pelos mais próximos colaboradores do Papa. É chefiada por um Cardeal Secretário de Estado. Através da Secretaria de Estado a Santa Sé mantém relações diplomáticas com 178 países. Mantém relações diplomáticas com a União Europeia e com a Ordem Soberana e Militar de Malta e relações de natureza especial com a OLP - Organização para a Libertação da Palestina.
A Secretaria de Estado está subdividida em duas seções:
Seção de Assuntos Gerais
Seção de Relações com os Estados
[editar]Congregações
As Congregações [4] constituem-se em seções especializadas no tratamento de assuntos que interessam à Igreja, são as seguintes:
[editar]Pontifícios Conselhos
[editar]Tribunais
Tribunal da Rota Romana
[editar]Ofícios
[editar]Pontifícias Comissões
[editar]Pontifícios Comitês
[editar]Pontifícias Academias
[editar]Outros organismos
Tipografia Vaticana Poliglotta
Jornal L'Osservatore Romano
Jornal Acta Apostolicae Sedis
[editar]Participação em organismos internacionais
A Santa Sé participa como membro titular, convidado ou observador de diversos organismos internacionais e pessoas jurídicas de direito público externo:
ONU - Organização das Nações Unidas, Observador
UNOG - Escritório das Nações Unidas em Genebra, Observador
UNOV - Escritório das Nações Unidas em Viena, Observador
ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Membro do Comitê Executivo
UNCTAD - Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Membro
OMPI - Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Membro
AIEA - Agência Internacional de Energia Atômica, Membro
OPAQ - Organização para Proibição de Armas Químicas, Membro
CIMM - Comitê Internacional de Medicina Militar, Membro
FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Observador
OIT - Organização Internacional do Trabalho, Observador
OMS - Organização Mundial da Saúde, Observador
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Observador
UNIDO - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Observador
FIDA - Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Observador
OMT - Organização Mundial do Turismo, Observador
OMM - Organização Meteorológica Mundial, Observador
OMC - Organização Mundial do Comércio, Observador
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Observador
UN-HABITAT - Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, Observador
PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Observador
PAM - Programa Alimentar Mundial, Observador
INTOSAI - Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores, Membro
CIEC - Comissão Internacional do Estado Civil, Observador
UL - União Latina, Convidado Permanente
OSCE - Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, Membro
CE - Conselho da Europa, Observador
UA - União Africana, Estado não membro acreditado
OEA - Organização dos Estados Americanos, Observador
LEA - Liga dos Estados Árabes, Membro de um acordo bilateral de cooperação
AALCO - Organização Jurídica Consultiva Afro-Asiática, Convidado
UNIDROIT - Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado, Membro
[editar]Ver também
Bispo de Roma
[editar]Notas
↑ A Nunciatura Apostólica: sua natureza e suas funções. Exposição do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Alfio Rapisarda, por ocasião do Encontro com os novos Bispos do Brasil nomeados entre outubro de 1998 e setembro de 1999.
↑ Promulgado em 25 de Janeiro de 1983 pelo Papa João Paulo II.
Referências
↑ Decreto Christus Dominus no sítio da Santa Sé
↑ Congregações Pontifícias Sítio da Santa Sé
↑ Pontifícios Conselhos no sítio da Santa Sé
↑ A Guarda Suíça Página do Vaticano
[editar]Ligações externas
Discurso de João Paulo II ao Embaixador da República Federativa do Brasil junto à Santa Sé
ASPECTOS TEOLÓGICOS
A. ASPECTOS TEOLÓGICOS
103. O sacramento da eucaristia faz parte
da iniciação cristã. Pela comunhão eucarística, aqueles que foram salvos em
Cristo pelo batismo e a Ele mais profundamente configurados pela confirmação
participam com toda a comunidade do sacrifício do Senhor (cf. Catecismo da
Igreja Católica, 1332; PO 5b).
104. Jesus cumpriu sua promessa de
instituir a eucaristia (Jo 6,51.54- 56) na última ceia que celebrou com seus
discípulos, antes de se oferecer em sacrifício ao Pai, em memória de sua morte
e ressurreição, e ordenou aos seus que a celebrassem até a sua volta (Mt
26,17-29; Mc 14, 12-25; Lc 22,7-20; 1 Cor 11,23-27), constituindo os sacerdotes
do Novo Testamento (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1337).
105. De fato, “na noite em que foi
entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse:
‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo
modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova
aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de
mim’. Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1Cor 11,23-26).
106. A eucaristia, ação de graças (Lc
22,19), é também conhecida como ceia do Senhor (1Cor 11,20), fração do pão (At
2,42.46; 20,7.11), assembléia eucarística (1Cor 11,17-34), memorial da paixão e
da ressurreição do Senhor (Lc 22,19), santo sacrifício, sacrifício de louvor
(Hb 13,15), sacrifício espiritual (1Pd 2,5), sacrifício puro e santo (Ml 1,11),
santo sacrifício da missa, santíssimo sacramento, comunhão, santa missa (cf.
Catecismo da Igreja Católica, 1328-1330).
107. A Igreja denomina de transubstanciação
a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso
Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue (cf.
Catecismo da Igreja Católica, 1374-1376). O santíssimo sacramento da eucaristia
contém verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue,
juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja,
Cristo todo.
“A eucaristia é a presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu
alimento espiritual (...), é dom por excelência, porque dom dele mesmo, da sua
pessoa na humanidade sagrada, e também de sua obra de salvação” (EE 9.11).
108. Pelo sacrifício eucarístico de seu
Corpo e Sangue, o Senhor “perpetua pelos séculos, até que volte, o Sacrifício
da Cruz, confiando assim à Igreja, sua dileta Esposa, o memorial de sua morte e
ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade,
banquete pascal, em que o Cristo nos é comunicado em alimento, o espírito é
repleto de graça e nos é dado o penhor da futura glória” (Sacrosanctum
Concilium, 47).
109. “O sacrifício eucarístico, memorial da
morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o sacrifício
da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é
significada e se realiza a unidade de todo o povo de Deus, e se completa a
construção do corpo de Cristo (cân. 897). “Os demais sacramentos, como, aliás,
todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada
eucaristia e a ela se ordenam, pois a santíssima eucaristia contém todo o bem
espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa páscoa e pão vivo, dando
vida aos homens, através de sua carne vivificada e vivificante pelo Espírito
Santo” (PO 5b; cân. 897).
110. Na eucaristia, Cristo une sua Igreja e
todos os seus membros ao sacrifício de louvor e de ação de graças que, de uma
vez por todas, ofereceu na cruz ao Pai; por este sacrifício, derrama sobre a
Igreja as graças da salvação.
111. A eucaristia impele a participar na
missão de Cristo: anunciar a boa nova da salvação, denunciar o pecado, estar a
serviço do reino.
B. ORIENTAÇÕES PASTORAIS
Quem pode receber a
eucaristia
112. A Igreja, em obediência à ordem
de Jesus, recomenda vivamente aos fiéis que participem da Ceia do Senhor,
memorial de sua morte e ressurreição. Devem os fiéis ser orientados e
preparados para receberem o pão eucarístico toda vez que participam da
celebração da eucaristia. Mas existe a obrigação de comungar pelo menos uma vez
por ano, no tempo pascal (cf. cân. 920, §§1e 2).
113. Qualquer batizado, não proibido
pelo direito, pode e deve ser admitido à Ceia do Senhor e participar da mesa da
sagrada comunhão (cf. cân. 912).
114. Se alguém tem consciência de ter
pecado mortalmente, não deve comungar sem antes receber a absolvição no
sacramento da penitência (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1415; cf. cân.
916).
115. Não podem receber a eucaristia pessoas
sob excomunhão, interdição e persistência em pecado grave manifesto (cf. cân.
915).
Eucaristia
116. Amasiados e divorciados que contraíram
nova união não podem ser absolvidos e não podem receber a comunhão eucarística
(Familiaris Consortio, 84; Reconciliatio et Paenitentia, 34; Catecismo da
Igreja Católica, 1650).
117. Quem vai receber a eucaristia deve
abster-se de alimentos e bebidas, exceto água e remédio, ao menos uma hora
antes da comunhão (cf. cân. 919, §1).
I. Sacerdotes que celebram duas ou três
missas no mesmo dia podem tomar alguma coisa antes da segunda ou terceira
celebração, mesmo que não haja espaço de uma hora (cf. cân. 919, §2).
II. Pessoas idosas e enfermas e as que
cuidam delas podem comungar, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que
antecede (cf. cân. 919, §3).
Administração da
santíssima eucaristia a crianças
118. Para que recebam a santíssima
eucaristia, as crianças devem ter suficiente conhecimento e cuidadosa
preparação, de modo que possam compreender o mistério de Cristo, de acordo com
sua capacidade, e receber o Corpo do Senhor com fé e devoção (cf. cân. 913,
§1).
Contudo, em perigo de morte, pode-se dar a sagrada comunhão a crianças que
saibam discernir o Corpo de Cristo do alimento comum e reverenciar a santíssima
eucaristia (cf. cân. 913, §2).
119. Como regra geral, a eucaristia deve
ser ministrada a crianças em torno dos nove anos de idade.
120. Antes de receberem a eucaristia, as
crianças confessarão individualmente. Para que o primeiro contato com o
confessor seja realizado em clima de confiança, o confessor deverá encontrar o
tempo necessário para acolher e escutar cada criança. É recomendável que se
faça uma celebração para dar ênfase a este momento de reconciliação, cujo
sentido profundo se encontra na morte e ressurreição do Senhor (cf. Ritual da
Penitência).
Preparação das crianças
para a eucaristia
121. É responsabilidade do pároco
evitar que recebam a eucaristia crianças que não estiverem devidamente
preparadas e para isso dispostas (cf. cân. 914). Os párocos, enquanto
educadores da fé (PO, 6), não descuidarão de uma atividade catequética bem
estruturada e bem orientada (CT, 65). Cuidarão da escolha de catequistas
preparados e de sua formação permanente.
122. Preparar as crianças para a vida
eucarística é dever, também, dos pais ou responsáveis e da comunidade.
123. As crianças que se preparam
para a eucaristia deverão receber também uma sólida formação para o sacramento
da reconciliação.
Objetivos e metodologia
124. A catequese da eucaristia não tem
finalidade apenas sacramental, mas visa a um processo contínuo na vida cristã.
Por isso, ela deve focalizar a atenção das comunidades no processo catequético,
e não só na recepção do sacramento, ou na “primeira eucaristia”. Mais do que
preparar para a “primeira” eucaristia, esta catequese prepara para a vida
eucarística, a fim de que, “reunidos pelo Espírito num só corpo, nos tornemos
em Cristo um sacrifício vivo”, para o louvor da glória de Deus (Oração
Eucarística IV).
125. A catequese da eucaristia destina-se a
introduzir as crianças de modo orgânico no mistério da Páscoa, na ceia
eucarística e na vida da Igreja, proporcionando-lhes uma preparação imediata
para a celebração dos sacramentos (cf. CT 37). Para isto, deve: I. Utilizar as modernas orientações da
pedagogia, nas quais a criança é sujeito do processo formativo.
II. Usar linguagem acessível às crianças.
III. Partir dos textos bíblicos, das
celebrações litúrgicas e da vida da criança, segundo sua própria psicologia.
IV. Utilizar recursos didáticos
apropriados para explicitar a fé, com destaque para a união entre fé, vida e
celebração.
V. Apresentar Jesus Cristo como o
“pão vivo, descido do céu”, Aquele que mata a fome do sentido da vida.
VI. Mostrar o sentido e a dimensão vital
dos sacramentos, especialmente da Eucaristia.
VII. Comunicar às crianças a alegria de
serem testemunhas de Cristo no meio em que vivem (cf. CT 37).
VIII. Introduzir as crianças na preparação e
na participação das liturgias da comunidade.
IX. Despertar atividades que motivem a
inserção na vida da Igreja.
X. Estimular o gosto pela oração
individual e comunitária.
Tempo e local da preparação
126. A catequese de preparação das crianças
à eucaristia terá, em princípio, a duração de dois anos. Cada diocese, no
entanto, segundo seu critério, poderá realizá-la em um tempo menor.
Insista-se na catequese
de perseverança.
127. A preparação deverá ser feita,
como regra geral, na paróquia ou comunidade em que os pais participam. Poderá
realizar-se em colégios e centros comunitários, desde que esta preparação seja
reconhecida pelo bispo diocesano e atenda às orientações da diocese, quanto ao tempo
de duração e ao conteúdo, em comunhão com a paróquia local, que fará o devido
registro.
Conteúdo mínimo
128. Os temas a seguir formam o conteúdo
mínimo da catequese para a eucaristia:
I. A Bíblia é a Palavra de Deus.
a) Celebração da entrega da Bíblia às
crianças.
b) Orientações sobre a Bíblia.
II. Antigo Testamento: Alianças
a) Abraão: pai de um povo que tem
fé / Isaac/ Esaú/Jacó.
b) Noé: prefiguração da salvação pelo
batismo.
c) Moisés: o povo de Deus peregrino;
Êxodo: o alimento do céu (maná), a aliança.
d) Mandamentos: caminho para buscar a
felicidade.
III. Novo Testamento: a Nova Aliança em
Jesus Cristo a) Encarnação do Verbo de Deus.
b) A mãe de Jesus.
c) A infância de Jesus.
d) O batismo: início da missão de Jesus.
e) Jesus forma um grupo: os
Apóstolos.
f) Jesus nos ensina a repartir (Mt
14, 13-21 e Jo 6).
g) As parábolas: Jesus fala do reino de
Deus; o bom samaritano - prova de amor.
h) Morte e ressurreição de Jesus (Ele
desagradou a sociedade de seu tempo).
IV. A Ceia Pascal e Santa Missa
a) A Ceia Pascal do Antigo Testamento.
b) Instituição da eucaristia (Mt 26,
26-29 e Lc 22, 7-23).
c) A Santa Missa: mesa da palavra e mesa
eucarística.
d) Os tempos litúrgicos: Advento, Natal,
Quaresma, Páscoa e Tempo Comum.
V. O Mistério da Igreja
a) A Santíssima Trindade.
b) A Igreja é o povo de Deus.
c) A identidade missionária da Igreja.
d) Visão geral sobre os sacramentos.
VI. Oração Pessoal e Comunitária
a) As principais orações da Igreja.
b) Participação nas liturgias dominicais.
c) Preparação e execução de momentos
litúrgicos com os catequizandos.
VII. A reconciliação com Deus e os irmãos.
a) Jesus, amigo dos pecadores (Mateus
11,19); o filho pródigo (Lc 15,11-32); Zaqueu (Lc 19,1-10); a pecadora (Mt
26,6-13).
b) Reconciliação com a comunidade (Mt
5,23-24 e 18,15-22).
c) Passos para a reconciliação
sacramental: exame de consciência, arrependimento, acusação dos pecados ao
sacerdote, propósito, penitência e absolvição.
A celebração da Primeira
Eucaristia
129. A primeira eucaristia será celebrada
com simplicidade. É recomendável:
I. o uso de vestes simples, dignas
e decentes, que respeitem a dignidade do sacramento, evitando gastos inúteis e
desigualdade entre os comungantes;
II. que a paróquia adote para a cerimônia
um traje padronizado, ao alcance de todos.
130. Os pais participem da preparação e da
celebração, conforme a programação da paróquia.
131. Compete ao pároco e à equipe de
catequese, com bom senso e caridade pastoral, apresentar soluções para as
dificuldades de crianças cujos pais estejam em situação irregular ou que não
freqüentem a Igreja.
Catequese de
perseverança
132. Após a recepção da primeira
eucaristia, as crianças continuem a catequese em grupos de perseverança,
participem da vida litúrgica e das atividades paroquiais.
Preparação dos adultos
para a primeira Eucaristia
133. É dever da comunidade abrir espaço à
formação específica para a primeira eucaristia de adultos, de acordo com as condições
e possibilidades de cada um.
134. É louvável seguir o ano litúrgico na
preparação dos adultos para receberem a eucaristia, conforme o Ritual de
Iniciação Cristã de Adultos - RICA).
135. Os adultos que se preparam para a
primeira eucaristia devem participar da comunidade e receber uma catequese
própria, de tal modo que possam:
I. perceber o chamado de Deus na
realidade e, assim, fazer a ligação entre fé e vida;
II. “recordar o acontecimento supremo de
toda a história da salvação, com o qual os fiéis se unem pela fé, isto é, a
Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo (Diretório Catequético
Geral, 44);
III. “entender como o mistério salvífico de
Cristo, através do Espírito Santo e do ministério da Igreja, atua hoje e em
todos os tempos, levando-os a reconhecer seus deveres para com Deus, consigo
mesmos e com o próximo” (Diretório Catequético Geral, 44);
IV. “dispor os corações para a esperança
na vida futura (...) que permite julgar corretamente os valores humanos e
terrenos, reduzindo-os às suas justas proporções, sem contudo desprezá-los como
inúteis” (Diretório Catequético Geral, 44);
V. compreender que são convidados
a participar com toda a humanidade na construção de uma sociedade humana melhor
(Diretório Catequético Geral, 29; GS 39,40-43);
VI. ter “uma participação ativa,
consciente, autêntica na liturgia da Igreja” e ser educados “para a oração, a
ação de graças, a penitência, o sentido comunitário, uma compreensão adequada
dos símbolos...” (Diretório Catequético Geral, 25).
Orientações Litúrgicas
para a Celebração da Eucaristia
136. “O sacrifício de Cristo e o sacrifício
da eucaristia são um único sacrifício. A missa torna presente o sacrifício da
cruz; não é mais um, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial,
de modo que o único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza
incessantemente no tempo” (EE 12).
137. O povo cristão tem direito à
celebração da eucaristia no domingo, Dia da Ressurreição, Dia do Senhor, como
também nas festas de preceito e, quanto possível, diariamente.
138. Por falta de ministro ordenado ou por
outra grave causa, se a participação na celebração eucarística se tornar
impossível, o povo cristão tem o direito de que o bispo providencie, segundo as
possibilidades, para que haja uma celebração da palavra para tal comunidade no
domingo (cf. IRS 164-165).
139. “Sendo a paróquia uma
‘comunidade eucarística’, é normal que se juntem, nas missas dominicais, os
grupos, os movimentos, as associações, e as comunidades menores que a integram.
É por isso que aos domingos, dia da assembléia, não se deve favorecer as missas
de pequenos grupos” (DD 36).
LITURGIA DA EUCARISTIA
Ritos iniciais
140. A comunidade seja instruída
para saber que constitui o corpo místico de Cristo, a Igreja, desde o momento
em que se reúne no espaço celebrativo. Para tanto, seja criada uma atitude
comunitária de oração.
Liturgia da palavra
141. Na liturgia da palavra, é Deus
que fala a seu povo, é Cristo que fala à sua Igreja. Por essa razão, “não é
permitido omitir ou substituir por iniciativa própria as leituras bíblicas prescritas,
nem o salmo responsorial” (IRS 62).
142. As leituras da palavra, do salmo responsorial e da aclamação do evangelho
sejam feitas no ambão, diretamente do lecionário.
A homilia
143. Em circunstâncias particulares,
poderão os fiéis leigos fazer a partilha da palavra, conforme orientações do
Doc. 52 da CNBB, fora da missa, numa igreja ou capela. Isto se dará somente na
falta de ministros sagrados ordenados e não se transformará, de caso
absolutamente excepcional, em fato corriqueiro. A licença para isso, ad actum,
compete ao ordinário do lugar e não aos sacerdotes ou diáconos (cf. IRS 161).
Na missa dominical, nunca falte a homilia do presidente da celebração.
Liturgia eucarística
144. “Sejam utilizadas somente as orações
eucarísticas encontradas no Missal Romano ou legitimamente aprovadas pela Sé
Apostólica, segundo os modos e os termos por ela definidos” (IRS 51).
145. A oração eucarística é uma grande
oração de louvor ao Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo. Por isso, a
consagração não pode ser interrompida por cantos de adoração, procissões com o
Santíssimo, nem seguida de qualquer canto que não seja a resposta ao: “Eis o
mistério da fé.” Sejam utilizadas apenas as respostas previstas no missal (cf.
CNBB, Doc. 53 - Orientações para a RCC).
O Pai Nosso
146. A oração do Pai Nosso, se cantada, não
deve ser substituída por outros textos, mas feita no original. O mesmo se diga
do Glória, do Santo e do Cordeiro de Deus.
A comunhão sob as duas
espécies
147. A distribuição da comunhão sob as duas
espécies exige um cuidado especial, conforme as circunstâncias locais. Para
este assunto, seguir as orientações do Diretório Litúrgico da CNBB e da
Instrução Geral sobre o Missal Romano.
Distribuição da comunhão
aos fiéis
148. Quanto à comunhão, “é preferível que
os fiéis possam recebê-la com hóstias consagradas na mesma missa” (cf. IRS 89).
149. “O fiel leigo, que já recebeu a
santíssima eucaristia, pode recebê-la novamente no mesmo dia, somente na
celebração eucarística em que participa” (IRS 95), salvo prescrição do cân.
921, §2.
150. Dar especial atenção para que o
comungante coma a hóstia diante do ministro, de tal modo que ninguém se afaste
levando na mão as espécies eucarísticas. A comunhão do Corpo do Senhor é
alimento para a caminhada do povo peregrino, e não momento de adoração.
A purificação dos vasos
sagrados
151. A purificação dos vasos sagrados deve
ser feita logo após a distribuição da comunhão pelo sacerdote ou diácono. Se
houver muitos vasos, poderá ser feita logo após a missa, com o auxílio do
acólito (cf. IRS 119).
Avisos e comunicações
152. A oração depois da comunhão, que se
segue ao silêncio, constitui propriamente a conclusão do rito de comunhão.
Somente após sua recitação podem ser feitos os avisos e comunicações breves ao
povo.
Livros litúrgicos
153. Na celebração da missa, sacramentos e
sacramentais, utilizemse sempre os livros litúrgicos, que deverão estar
atualizados: Missal Romano, Lecionário Dominical, Semanal e Santoral, Ritual de
Exéquias, Ritual de Ordenações etc. Jamais usar folhetos ou livretos para
presidir, o que empobrece e desvaloriza o sinal celebrativo.
O espaço sagrado
154. A missa deve ser celebrada num lugar
sagrado, a não ser que a necessidade exija outra forma (IRS 108).
155. Sobre o altar para a eucaristia,
estejam o missal, o cálice, a patena e as âmbulas. Permitem-se velas e flores
naturais (que também podem estar dispostas ao lado, em pedestais); os dons e
símbolos, trazidos no ofertório ou em outros momentos, não devem ser deixados
sobre o altar, mas numa mesa à parte ou diante do altar, no chão.
Os vasos sagrados
156. Os cálices, âmbulas e patenas deverão
ser prateados ou dourados, evitando-se o vidro, cristal ou barro, por sua
fragilidade, porosidade ou pouco respeito. As galhetas, igualmente, sejam dignas
do culto (cf. IRS 117).
Saudações e orações
157. O presidente da celebração deve dizer
“O Senhor esteja convosco” e não “conosco”. Assim também na bênção final.
Também o diácono, ao proclamar o Evangelho.
158. As orações da coleta, oferendas, pós-comunhão,
a doxologia “Por Cristo, com Cristo...” e a oração pela paz são exclusivas do
presidente e não do povo.
159. Avisos, convites, homenagens e
testemunhos de vida, é preferível que sejam realizados fora da missa.
Língua
160. “A missa celebra-se em língua
latina ou em outra língua, desde que se recorram a textos litúrgicos aprovados
segundo a norma do direito” (cf. IRS 112). Para o bem dos fiéis, convém que a
missa seja celebrada na língua vernácula.
161. “Quando a missa é concelebrada por
mais sacerdotes, ao rezar a oração eucarística, usa-se a língua conhecida por
todos os sacerdotes ou pelo povo reunido” (IRS 113).
Ministros
extraordinários da sagrada comunhão
162. A denominação correta é ministro
extraordinário da santa (sagrada) comunhão. Deve ser corrigido o uso das
denominações: “ministro especial da santa comunhão” ou “ministro extraordinário
da eucaristia” ou “ministro especial da eucaristia” (IRS 156).
163. São fiéis leigos, delegados
pelo bispo diocesano, ad actum ou ad tempus (IRS, 155).
164. Não podem usar túnica, mas uma veste
que expresse o serviço ministerial.
165. Condições para ser ministro
extraordinário da santa comunhão:
I. dar testemunho de amor à Eucaristia;
II. ter recebido os sacramentos da
iniciação cristã;
III. ser pessoa que constrói a comunhão na
comunidade;
IV. ter disponibilidade para servir não
apenas na celebração da missa, mas fora dela;
V. ser humilde e obediente às orientações
da Igreja;
VI. se solteiro(a), que tenha um
comportamento respeitoso e maturidade suficiente para assumir este serviço;
VII. ter, pelo menos, 25 anos completos.
Equipe de celebração
166. Haja sempre uma equipe de celebração,
aberta à participação de um número maior e mais variável de pessoas, que vão se
revezando na animação das missas. O presbítero participará o mais possível da
preparação com esta equipe, orientando, incentivando e formando os fiéis.
167. Cabe ao animador ou comentarista
motivar a assembléia e dispor os corações, de modo amável e sucinto.
168. Cabe à equipe, com suas idéias,
presença e serviço, ajudar a assembléia a vivenciar o verdadeiro encontro
comunitário com o Pai, por Cristo vivo, no Espírito Santo, manifestado nas
orações e no canto, em gestos e posições do corpo, no ritmo, na dança e nos
instrumentos musicais, para se chegar a uma celebração inculturada,
significativa e mistagógica.
Música litúrgica e
pastoral
169. Que as missas aos domingos sejam
solenes e com cantos litúrgicos, para suscitar uma participação viva e frutuosa
de todos, expressão da vida cotidiana, imersa no mistério de Cristo e da
Igreja.
170. A música e o canto correspondam ao
espírito do tempo litúrgico, da celebração litúrgica e ao momento da
celebração, levando ainda em consideração a cultura e a realidade do povo que
celebra, pois expressam, de modo eminente, a natureza própria da ação
sacramental da Igreja.
171. Que se cantem hinos que atendam aos
critérios da música litúrgica, e não porque pertencem a este ou àquele
movimento.
172. As letras dos cantos tenham mais
inspiração bíblica e menos sentimentos individuais, pois devem expressar a
natureza comunitária da liturgia.
173. Seja dada preferência aos cantos que
fazem parte do rito, juntamente com os cantos que acompanham o rito (cf.
Estudos da CNBB, nº. 79, A música na liturgia, pp. 122 a 144).
174. Os cantos de entrada, preparação das
oferendas e comunhão devem cessar assim que terminar o correspondente rito.
I. Deve-se priorizar, cantando sempre: o
salmo responsorial, o aleluia, as aclamações das orações eucarísticas e o
santo, pois fazem parte do rito.
II. O salmo responsorial não pode ser
substituído por outro canto.
175. Cabe ao dirigente do canto ou ao
comentarista, igualmente de modo breve, anunciar e convidar o povo a cantar.
176. No abraço da paz, cumprimentem-se
somente os que estão ao lado e, se houver canto, que seja breve.
177. Durante a oração eucarística, as
aclamações devem ser cantadas conforme os textos do Missal Romano. Não são
permitidos outros cantos, mesmo de adoração ou de devoção de algum grupo.
178. O cantor sacro ou litúrgico está a
serviço da liturgia da assembléia.
Por isso, não lhe basta cantar sozinho; é necessário envolver e levar a
assembléia a participar, a cantar.
179. O cantor litúrgico e o coral exercem
um ministério dentro da celebração. Ao entoarem os cantos devem ficar em local
apropriado, que manifeste sua participação como assembléia, e onde possam
exercer seu ministério.
180. Os corais não devem substituir o
cantar do povo da assembléia; mas, sim, integrar-se, cantando junto ou
intercalando os cantos com o povo, nos diversos momentos litúrgicos.
181. Os instrumentos e os cantos
serão tanto mais litúrgicos e evangelizadores, quanto mais fiéis se mantiverem
à natureza e ao sentido da função litúrgica, e na proporção em que auxiliarem a
viver e a expressar o mistério que se celebra (cf. SC, 116).
A conservação da
santíssima eucaristia e seu culto fora da missa
182. “Após a missa, as espécies sagradas
sejam conservadas, sobretudo para que os fiéis, e de modo particular os doentes
e os anciãos que não puderem estar presentes na missa, se unam, mediante a
comunhão sacramental, a Cristo e ao seu sacrifício, imolado e oferecido na
missa” (IRS 129).
183. Recomenda-se que o sacrário, na medida
do possível, seja colocado numa capela separada da nave central da igreja,
sobretudo naquelas igrejas onde há, com freqüência, casamentos ou funerais, ou
naquelas que são freqüentadas por muita gente por causa dos tesouros artísticos
e históricos.
Exposição do santíssimo
sacramento
184. Não é permitido celebrar a missa
diante do santíssimo sacramento exposto. Se a exposição do santíssimo
sacramento se prolongar por um ou mais dias seguidos, ela deve ser interrompida
durante a celebração da missa, a não ser que a celebração seja realizada numa
capela separada do local da exposição.
185. No rito da exposição podem ser feitas
leituras da Sagrada Escritura com uma homilia ou breves exortações. As
respostas à palavra de Deus sejam cantadas. Será oportuno que haja momentos de
silêncio, que favoreçam uma profunda oração pessoal. O Tantum ergo pode ser
substituído por outro canto eucarístico. No final da exposição será dada a
benção com o Santíssimo Sacramento.
As procissões
eucarísticas
186. Quanto as procissões eucarísticas,
“testemunhos públicos de fé e devoção a este sacramento”, compete ao ordinário
do lugar julgar também a respeito de sua conveniência nas condições do mundo
moderno” (IRS, 59).
Desde o início do século XX, quando a catequese organizada e sistemática começou a dar os primeiros passos, por razões diversas, a catequese pôs o acento, ou seja, centrou a sua atenção nos filhos.
Hoje, o trabalho da catequese tem de ser cada vez mais, centrado, apoiado e dinamizado nos pais. É preciso conseguir que a Família recupere a sua função educativa, a sua missão cristã e a consciência da sua responsabilidade e capacidade para educar cristãmente os filhos.
A Família é o grupo e o espaço humano com maior capacidade para oferecer aos seus membros uma experiência positiva, gozosa e entranhada da vida em geral e da vida cristã.
Nenhum grupo humano pode competir com a família quando se trata de oferecer à criança e ao adolescente a semente da Fé, dos seus valores e da sua prática, num clima de afecto.
Em catequese o primeiro alvo terá de ser, cada vez mais, a família. Para tanto, temos de começar por responsabilizar os Pais; lembrar-lhes o compromisso que assumiram no dia do Baptismo dos seus filhos; e pedir-lhes que cumpram a sua missão com a colaboração do/a catequista. Neste sentido, é preciso motivá-los para um salto qualitativo; ajudando-os a não ceder à tentação de delegar a sua missão na catequese paroquial; ajudando-os a ter uma nova visão da Igreja, como comunhão e corresponsabilidade ; e ajudando-os na ação prática, concreta.
Progressivamente, as famílias tornam-se evangelizadoras, transformam o seu Lar em Igreja doméstica e vivem a experiência cristã em conjunto.
Progressivamente, as famílias são apoiadas pela comunidade cristã por formas diversas.
Progressivamente, as famílias vivem e testemunham a sua vida cristã.
Para começar, os Pais rezem com os filhos em casa; leiam juntos o Novo Testamento; esclareçam os filhos; partilhem com eles a leitura; usem os seus catecismos. De uma coisa todos podem estar certos: os Pais são os primeiros a beneficiar, de formas diversas; os filhos irão crescendo na sua vida cristã; todo o conjunto da família será mais unido, solidário e feliz.
A Catequese Familiar Começa Em Casa
( Pais Catequistas É = Filhos Na Igreja )
Desde o início do século XX, quando a catequese organizada e sistemática começou a dar os primeiros passos, por razões diversas, a catequese pôs o acento, ou seja, centrou a sua atenção nos filhos.
Hoje, o trabalho da catequese tem de ser cada vez mais, centrado, apoiado e dinamizado nos pais. É preciso conseguir que a Família recupere a sua função educativa, a sua missão cristã e a consciência da sua responsabilidade e capacidade para educar cristãmente os filhos.
A Família é o grupo e o espaço humano com maior capacidade para oferecer aos seus membros uma experiência positiva, gozosa e entranhada da vida em geral e da vida cristã.
Nenhum grupo humano pode competir com a família quando se trata de oferecer à criança e ao adolescente a semente da Fé, dos seus valores e da sua prática, num clima de afecto.
Em catequese o primeiro alvo terá de ser, cada vez mais, a família. Para tanto, temos de começar por responsabilizar os Pais; lembrar-lhes o compromisso que assumiram no dia do Baptismo dos seus filhos; e pedir-lhes que cumpram a sua missão com a colaboração do/a catequista. Neste sentido, é preciso motivá-los para um salto qualitativo; ajudando-os a não ceder à tentação de delegar a sua missão na catequese paroquial; ajudando-os a ter uma nova visão da Igreja, como comunhão e corresponsabilidade ; e ajudando-os na ação prática, concreta.
Progressivamente, as famílias tornam-se evangelizadoras, transformam o seu Lar em Igreja doméstica e vivem a experiência cristã em conjunto.
Progressivamente, as famílias são apoiadas pela comunidade cristã por formas diversas.
Progressivamente, as famílias vivem e testemunham a sua vida cristã.
Para começar, os Pais rezem com os filhos em casa; leiam juntos o Novo Testamento; esclareçam os filhos; partilhem com eles a leitura; usem os seus catecismos. De uma coisa todos podem estar certos: os Pais são os primeiros a beneficiar, de formas diversas; os filhos irão crescendo na sua vida cristã; todo o conjunto da família será mais unido, solidário e feliz.
por isso senhores Pais vocês são os primeiros catequistas de seus filhos evangelizando e levando os seus filhos nas missas semanais e nas dominicais que é a missa do senhor.
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